E-commerce longe da crise

Apesar do cenário pouco animador, o e-commerce continua dando mostras de que tem fôlego de maratonista. O comércio eletrônico registrou crescimento nominal de 7,4% em 2016, mas quando se leva em conta o PIB desse ano, o percentual sobe para 11%. No acumulado dos últimos cinco anos, o setor cresceu 156%. A expectativa para 2017 é ainda melhor. De acordo com Gerson Rolim, diretor de comunicação da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Camara-e.net) e consultor do comitê de varejo online da entidade, o setor deve fechar o ano com alta de 12% a 13%, mesmo diante da perspectiva de PIB negativo.
Rolim cita como aliadas dessa economia as novas tecnologias que permitem o acesso a lojas virtuais e a compra de produtos por dispositivos móveis, as ferramentas que permitem a comparação de preços em várias lojas simultaneamente e a popularização da internet móvel de alta velocidade. Esse desempenho positivo está atraindo para o setor cada vez mais novos empreendedores. Por dia, são criadas 500 lojas virtuais no país, segundo as empresas de plataformas de e-commerce. A maioria dessas lojas é comandada por micro e pequenos empresários que buscam uma alternativa de renda diante da dificuldade em se recolocarem no mercado de trabalho formal. “Se apenas 25% desses novos empreendimentos forem bem-sucedidos, ainda assim será benéfico para o setor e para a economia como um todo”, conclui Rolim.

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