A dunnhumby, empresa de ciência do consumidor, divulga os resultados do quinto estudo da série 9 tendências para o varejo (batizado de Social Economy) e realizado com base nos dados de consumo de pessoas de mais de 30 países. A série apresenta periodicamente estudos sobre cada tema identificado como tendência para o setor. A Economia Social diz respeito às inovações trazidas pela conectividade global, que tem provocado mudanças fundamentais no comportamento das pessoas e o surgimento de um novo consumidor, focado em compartilhamento, crowd-sourcing e advocacy (defesa de marca).
Já não basta oferecer mensagens generalizantes, direcionadas a um grande grupo de pessoas; o cliente espera ser ouvido e respondido individualmente na maior parte do tempo – as empresas devem buscar suas opiniões e sugestões constantemente, prestando atenção às suas necessidades. A raiz da Economia Social é a necessidade de socialização do ser humano e o consequente surgimento de novos modelos de negócio baseados nas interações entre pessoas físicas, possibilitado pelas plataformas sociais online, que em janeiro de 2016 contavam com 2.3 bilhões de usuários ativos no mundo todo.
Além disso, vemos a guinada em direção a uma economia voltada para o compartilhamento, reuso e locação de bens, que atende às novas necessidades de consumo, também geradas pela facilidade de trocas interpessoais possibilitada pelo avanço da conectividade. O estudo explora os pontos principais para a criação do ambiente perfeito para novos modelos de negócio aflorarem. Além disso, destaca as oportunidades de aproximação entre varejistas e clientes.
Novos modelos de negócios (como Uber e AirBnb) são reflexos da Economia Social, resultante do exponencial aumento de conectividade entre as pessoas. O que move a maior parte das novas tecnologias são o crescimento de penetração da internet, consolidação do uso de smartphones e a utilização cada vez maior de plataformas de mídia social. Atualmente 3.4 bilhões de indivíduos em todo mundo são usuários ativos de internet. Esse número tem crescimento anual de 10%.
65% da população mundial deverá ter smartphones até 2020. No Brasil a porcentagem da população ativa em redes sociais chega a 49%, ultrapassando a China, a Rússia e o Japão. O comportamento do novo consumidor é focado em compartilhamento, co-criação e advocacy (defesa de marca). A Economia Social tem forçado os negócios a mudarem a maneira como pensam e se comportam em relação aos seus clientes. O estudo mostra que a opinião de consumidores postadas em redes online são consideradas mais confiáveis do que anúncios impressos ou sites oficiais das marcas.
50% das pessoas dizem que tendem a tomar suas decisões de compra com base em avaliações online de consumidores. Já 54% das pessoas lêem avaliações online antes de comprar em algum site e 39% das pessoas fazem essa leitura antes de adquirir produtos em lojas físicas. Compartilhamento em vez de posse e compra de ‘pessoa para pessoa’ são conceitos que chegaram para ficar e continuarão a influenciar o comportamento do consumidor.