Autora: Veruska Reina
Facebook e Twitter. Essas são algumas das palavras que mais ouvimos em nosso dia a dia quando falamos em redes sociais. E junto com elas, vem acompanhado um dos termos também mais usados na era da web 2.0: interatividade. O Facebook alcançou 500 milhões de usuários no mundo, segundo anúncio do próprio presidente da rede social, Mark Zuckerberg, no blog oficial do Facebook. O mercado nacional é o país com maior adesão a redes sociais do mundo. Um estudo divulgado pela Nielsen, feito com dez países, incluindo Estados Unidos, França e Alemanha, mostra que 86% dos internautas brasileiros usam algum tipo de rede social.
As redes sociais, como o próprio nome diz, foram feitas para um propósito principal: fazer relacionamento pela web e nasceram com um conceito onde as pessoas buscam outras pessoas para criar e manter amizades por meio de comunidades, onde gostos e preferências ficam evidentes. Paralelo ao mundo real, onde não é fácil encontrar seres humanos com interesses em comum, a web funciona como um recurso que dá vazão a essa sinergia e interatividade.
De olho nas redes sociais como um filão para relacionamento, as empresas começam a investir nesse meio para propagarem suas marcas de maneira mais segmentada ou com a pretensão para tal. De acordo com o Yankee Group, uma empresa de análises de mercado que produziu uma pesquisa para a Siemens Enterprise Communications, a maioria dos consumidores busca interação com as empresas por meio de redes sociais como Facebook e Twitter, mas apenas 30% das companhias estão preparadas para atuar com esse meio.
Isso é um dado que chama a atenção, uma vez que também evidencia que os consumidores têm interesse em interagir com as marcas pelas redes sociais. Com base nesse cenário, ferramentas de comunicação on-line estão cada vez mais integradas com essas redes para “turbinar” esse contato.
Uma delas é o e-mail marketing, que vem ganhando mais maturidade e notoriedade no mercado brasileiro. Por conta da insistente e significativa mudança que esse canal vem trazendo em relação ao conceito de spam x segmentação de conteúdo com relevância, as redes sociais integradas ao e-mail marketing vêm contribuindo para uma nova forma de comunicação.
Vivenciamos uma fase em que o e-mail marketing começa a ser aplicado como ferramenta de segmentação para relacionamento, muito além da venda em si, e estar alinhado ao conteúdo “exigido” pelos adeptos das redes sociais, de forma automatizada, é um dos fatores que apoiam a ascensão da fidelidade dos públicos em relação às marcas.
Segundo pesquisa da Anderson Analytics, que analisou a demografia e psicografia de usuários de redes sociais no Facebook, MySpace, Twitter e LinkedIn, quando se trata de marcas no ambiente das redes sociais, 52% dos usuários adicionaram a marca como amigo ou se tornaram fã de pelo menos uma delas, 17% consideram positiva a presença de uma marca nas redes sociais e 20% gostariam de ver mais comunicação das marcas nessas redes.
Os dados comprovam uma demanda evidente dos usuários em relação a um contato mais próximo com as marcas que são de sua preferência. Nesse ponto, há dois fatores: o de ampliar a comunicação nas redes sociais e o de conquistar adeptos de uma marca por meio delas.
Nos dois, a importância da continuidade no relacionamento por meio das redes sociais é vital. Seguindo o fluxo de comunicação que deve ser implantado nas ações de e-mail marketing, o mesmo deve ser usado para o contato com usuários de interesse de uma marca nas redes sociais.
O e-mail marketing, quando realizado com base nas boas práticas de comunicação, seguindo princípios éticos de responsabilidade e adequação de conteúdo junto ao target almejado, ou seja, de acordo com seu perfil, traz resultados que elevam o ROI (Return on Investiment). Com as redes sociais o princípio é exatamente o mesmo, ou seja, quem aceita se quer receber algum tipo de mensagem e adicionar a marca em sua rede é o próprio usuário.
No e-mail marketing, a receita segue os mesmos princípios e quem envia campanhas com base em opt in ou soft opt in já está um passo a frente e é provável que se enquadre nessa parcela de 30% de empresas preparadas para seguir ações relacionadas aos interesses de quem deseja realmente receber o que se envia.
As redes sociais farão parte de algo que começou e que deu certo apenas para aqueles que souberam mudar sua cultura organizacional, que se adequaram a uma nova geração, que trouxeram conteúdo relevante a quem quer recebê-lo e que, principalmente, fizeram o uso de plataformas que ensinaram esse processo anteriormente e que puderam propiciar a integração de dois mundos – ações digitais e interatividade, que embora pareçam semelhantes, não são iguais em sua essência.
Veruska Reina é CMO da Virid Interatividade Digital.