A sustentabilidade e o pensamento “verde” ganharam força nos últimos anos, tornando-se uma tendência que veio para ficar. Prova disso são as discussões internacionais acerca do tema que buscam soluções para os problemas já existentes e os futuros, bem como a prevenção deles. Como signatário do Protocolo de Quioto e país sede da conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente e desenvolvimento, o Brasil prevê em sua Constituição o equilíbrio do meio ambiente, sua preservação, restauração e estudo prévio de impacto ambiental – este último voltado para ações de empresas e governo. Mas, além da legislação, os clientes também estão de olho em seus fornecedores.
Dessa forma, quem oferece o serviço de gestão de imagem para uma empresa deve dar uma atenção cada vez maior a análise de risco ambiental, pois, dependendo da gravidade, uma crise perante os clientes e ao meio ambiente pode acarretar severas consequências – inclusive no âmbito financeiro. “A visão imediatista de alguns gestores faz com que eles pensem que estão economizando dinheiro ao não implantar um modelo eficiente de gestão de riscos. É largamente comprovado que os custos de remediação são muito maiores do que os de prevenção”, comenta Flavio Oliveira, sócio-diretor da PM Analysis. A análise consiste em princípios básicos como: identificação dos riscos, avaliação da sua magnitude, priorização dos riscos mais relevantes, tratamento, avaliação dos resultados, e reavaliação dos riscos.
Ele alerta que muitas vezes os danos causados à imagem de uma organização são profundos demais para serem apagados, e não é incomum verificar que contratos são interrompidos pela má conduta de uma das partes. “Basta lembrar alguns casos bastante ilustrativos, como os acidentes envolvendo a Usina Nuclear de Chernobyl, a Union Carbide em Bhopal na Índia, o Exxon Valdez na costa do Alasca, o oleoduto da RBPC na Vila Socó em Cubatão e a British Petroleum Deepwater Horizon no Golfo do México, entre tantos outros. Em todos estes casos as empresas envolvidas foram severamente afetadas, seja por meio dos custos de reparação, danos à imagem ou pesadas multas”, relembra Oliveira.
Com isso, todos estão de olho em quem desrespeita o patrimônio natural do planeta. “A maneira mais comum é demonstrar essa conformidade por meio da certificação do Sistema de Gestão Ambiental com a norma ISO 14.001, uma vez que um dos requisitos obrigatórios desta norma é a gestão dos riscos ambientais (aspectos e impactos)”, conta o sócio diretor da PM Analysis. “Apesar de tudo isso é interessante notar que o contrário também ocorre, e que algumas empresas também já estão abrindo mão de fornecer seus produtos e serviços a clientes que não tenham reputação ilibada”, acrescenta.