EDS Brasil amplia serviços offshore


A EDS Brasil, especializada em terceirização de serviços de TI, anunciou que ampliará a oferta de serviços offshore, que hoje representa 12% do volume de negócios da empresa. Para isso, deve contratar esse ano aproximadamente mil profissionais para atender ao mercado global. Esse movimento teve início em 2006, quando a empresa encerrou o ano com cerca de 1,4 mil pessoas na área de exportação de serviços.

Para atender ao mercado global e se tornar mais competitiva, a empresa aposta nos mega-centros de excelência que estão sendo criados na Índia, China, Leste Europeu e América Latina. O Brasil e a Argentina são os dois países da América Latina onde a EDS planeja abrir estes centros. Eles comportarão milhares de profissionais das três linhas de negócios da EDS (BPO, ITO e Desenvolvimento de Sistemas).

Para Alex Jacobs, coordenador de projetos offshore da EDS para a América Latina, o offshore continuará crescendo aceleradamente, pois o movimento já é uma realidade da globalização, como a demanda por custo, velocidade, produtividade e qualidade. “Um exemplo desse crescimento é que em 2005 a EDS mundial tinha cerca de 15 mil funcionários em locais denominados BestShore. Em 2006 chegamos a quase 32 mil, para este ano o compromisso é ter 39 mil profissionais e em 2008, 45 mil”, comenta.

Mercado global – “As movimentações de terceirizações representam a tendência de corporações globais a buscarem um único fornecedor para um determinado serviço em todo o planeta. A principal novidade no mercado brasileiro de outsourcing é que as empresas e o governo estão cada vez mais proativos em buscar o que os torna competitivos. A EDS é sócio-fundadora do IBCD (Instituto Brasil para Convergência Digital) que juntamente com outros parceiros busca priorizar os pontos que beneficiam a indústria de TI do Brasil como um todo, colaborando com as entidades governamentais no esforço de capturar a janela de oportunidade que se apresenta para o Brasil em ser um destino de Best Shore Global em serviços de TI”, comenta Chu Tung, presidente da EDS Brasil.

Para Chu Tung, o Brasil será um dos “players” neste mercado global, mas para tal, todos os segmentos da sociedade têm que se unir em um projeto nacional da indústria de TI e ampliar as vantagens competitivas do Brasil frente a gigantes como a Índia e a China.

Alex lembra que o Brasil tem muitas vantagens para se tornar um grande centro de offshore global. Entre elas, cultura ocidental de negócios, mesmo fuso horário em relação às Américas e, principalmente, ao dos EUA, grande mercado interno de TI, presença de empresas globais de tecnologia, estabilidade macroeconômica, estabilidade política, infra-estrutura de primeira linha em energia e telecomunicações (nos aspectos que TI demanda), baixo risco de desastre natural que possa interferir em operações de TI como terremotos, nevascas, enchentes, furacões, entre outros. “Sem esquecer do fato de não existir risco interno ou externo de terrorismo e a disponibilidade de fontes de energia limpa. Uma das maiores vantagens, no entanto, é que o Brasil possui um mercado interno sólido, maduro e estável que demandou a criação de uma indústria de TI à altura para suportá-lo. As empresas aqui instaladas já possuem especializações de negócio e de tecnologia que tem sido custoso transferir para a Índia e a China”, comenta.

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