Em alta velocidade


Com a mentalidade de uma empresa que vende tempo, a DHL Express investiu cerca de U$ 800 mil em um novo sistema para transmissão móvel de dados. Na prática, os couriers (entregadores) ganharam novos PDAS com scanner (o HDT 600, da Motorola), que lê o código de barras de cada encomenda e transmite na hora os dados pela rede GPRS (General Packet Radio Service) da TIM, em alta velocidade.

No sistema anterior, o courier coletava os dados com o scanner, mas somente ao retornar para a empresa atualizava os dados na rede. “Com a rede da TIM o input dos dados na rede é praticamente em tempo real”, afirma Fernando Cotarelli, vice-presidente de operações da DHL Express. “Somos uma empresa que vende tempo, mas junto com o tempo entregamos informação para o nosso cliente”, define.

O controle, praticamente em tempo real, de remessas enviadas pela DHL Express é possível graças ao escaneamento de cada encomenda nos pontos de checagem (check points), como as lojas da empresa e os aeroportos. O registro ou check point, como é chamado, é feito em cada etapa, desde a coleta até a entrega no destino final, já que a empresa oferece um serviço porta-a-porta.

Para garantir a conectividade e realizar a comunicação de maneira mais segura entre os pontos de entrega a TIM instalou uma rede VPN (Virtual Private Network), que liga a empresa à rede da DHL. Em média, cada pedido recebe oito check points até chegar ao seu destino. Como a DHL Express realiza cerca de 180 mil entregas por mês no Brasil, o sistema móvel dá conta de 1,5 milhão de transações a cada 30 dias.

Os investimentos em tecnologia renderam a empresa o aumento da satisfação do cliente e ganho de vantagem competitiva. “Além do ganho econômico devido ao aumento de pedidos e à agilidade, conquistamos também a aprovação dos usuários. A importância de o cliente saber o status de seu pedido com delay de dois minutos pode ser a diferença entre fazer ou não uma nova encomenda”, diz Cotarelli.

O sistema está funcionando em São Paulo (SP), Vitória (ES), Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS) e Curitiba (PR), cidades que detêm 70% do volume de transações da empresa. A previsão é que até dezembro o Brasil todo esteja coberto. Em São Paulo e Vitória, a empresa já registrou um ganho de produtividade de 5%. “Parece pouco, mas no mercado de logística é muita coisa. O setor depende da tecnologia para aumentar a margem, que é bastante reduzida”, explica Cotarelli.

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