Em mercados globalizados, o grande capital da empresa competitiva está representado pelo capital humano dos seus colaboradores e clientes. É, a partir desta realidade empresarial, surgiu uma nova gestão na empresa – ” recursos humanos “.
O mundo competitivo hodierno passou a exigir das pessoas mais ação do que reflexão. A pressão de resultados dita o ritmo do dia-a-dia e dos negócios, eliminando, praticamente, tempo para reflexão e avaliação melhor do universo que está à volta de cada gestor e colaborador.
Afinal, de contas, ante à realidade citada, qual o real papel do gestor de recursos humanos na estratégia das empresas ? Encontramos resposta com o executivo e diretor de RH da Nestlé – Profº Carlos Faccina. ” Um gestor de RH há de ter alguns papéis estratégicos dentro da empresa para que esta seja competitiva e, sobretudo, lucrativa “.
O foco central do RH é saber, básicamente, reter seus talentos, descobrir novos outros, ser um verdadeiro ” coach “, um orientador de pessoas e líderes. Um outro papel se agrega : os recursos humanos se tornam, cada vez mais, uma área estratégica, detendo uma visão mais profunda do negócio em que atua e uma visão ampla da concorrência para capacitar-se nos processos de ” reorganização administrativa “, noutras palavras, saber redimensionar a empresa, inová-la, face às transformações rápidas e constantes do mercado atual.
Face à relevância do processo de reorganização da empresa, o que se entende por tal cultura empresarial ? A reorganização de uma empresa passa desde as estruturas relacionadas à mais alta direção até aos denominados gerentes de alto nível, incursando pelos departamentos mais inferiores da empresa. Num processo de inovação, a empresa deve estar integrada no seu todo. A grande verdade é aquela em que cada colaborador deve comportar-se como um ” empresário-parceiro “, embora esteja na folha de pagamentos – afirma o consultor de empresa – profº Roberto Shinyashiki. Numa metáfora comparativa, um gestor de RH há de ser comparado a um Comandante de um navio, que deve direcionar o navio, a cada momento, para caminhos seguros, que o levam a colimar com o objetivo traçado de viagem. A função do gestor é similar, ou seja, encontrar as estratégias que possam levar a empresa para a lucratividade, através da participação e comprometimento de cada colaborador, tendo o seu foco no encantamento de seus clientes. Portanto, o gestor de RH diz : ” olha gente, o mundo está caminhando para cá “.
Qual o real perfil do gestor de RH ? Deve êste ser um executivo sensível, com visão de futuro, mais humana, motivador, líder autêntico, empático, enfim, competente. O foco central do RH é comprometer cada colaborador da empresa no seu sucesso permanente, mercê contínuo treinamento, avaliação de resultados e reconhecimento profissional. Ao lado do capital ” cliente “, emerge a obtenção de melhores resultados, através da cumplicidade das pessoas que nela trabalham – é que, modernamente, denomina-se – ” valor intelectual da empresa “.
A grande conclusão é que a globalização aumentou a complexidade dos negócios e passou a exigir um novo modelo para enxergar as soluções.
João Gonçalves Filho (Bosco), Administrador de Consórcio, [email protected]