O número de consumidores na Região Metropolitana de São Paulo com dívidas voluntárias – cheque especial, cartão de crédito, empréstimo pessoal ou prestações em geral – atingiu 70% dos entrevistados no mês de novembro, aumento equivalente a oito pontos percentuais em relação ao mês anterior, quando ficou em 62%. Trata-se do segundo maior patamar, desde o início da pesquisa em fevereiro de 2004. O mais alto, 72%, foi apurado em junho de 2004. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio).
“A aproximação do Natal é um apelo maior para o consumo. Como a renda não se expande de maneira adequada, o consumidor recorre a novos empréstimos para regularizar débitos anteriores, numa ciranda que amplia o endividamento”, afirma o presidente da Fecomercio, Abram Szajman.
No entanto, no contraponto entre novembro e outubro, as demais variáveis apresentaram melhora. O percentual de endividados com contas em atraso caiu sete pontos percentuais, de 41% para 34%, o menor patamar desde dezembro de 2004, quando atingiu 32%. O comprometimento da renda, indicador do percentual de rendimentos empenhados com o pagamento de dívidas, recuou um ponto percentual, de 34% para 33% neste mês, a menor marca desde janeiro de 2006, quando ficou em 31%.
Em novembro, os consumidores que declararam intenção de pagarem, total ou parcialmente, suas dívidas em atraso atingiu 64%, elevação de um ponto percentual em relação ao mês anterior. A parcela dos que informaram que não poderão pagar os compromissos atingiu 35%, contra 36% no mês passado.
Quanto ao prazo médio de endividamento, predomina o intervalo de três meses a um ano, atingindo 49%. Para 22% dos entrevistados, as dívidas vencem em até três meses e, para 29%, o período é superior a um ano. Já na comparação entre novembro de 2006 e o mesmo período do ano passado, neste mês o endividamento ficou sete pontos percentuais acima do verificado anteriormente (63%). O universo de inadimplentes recuou cinco pontos percentuais (39%) e o comprometimento da renda (34%) se retraiu em um ponto percentual.