Endividamento do paulistano cai para 48%



A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) aponta que neste mês o número de consumidores na cidade de São Paulo que possuem dívidas voluntárias – cheque especial, cartão de crédito, empréstimo pessoal ou prestações em geral – é de 48%. Trata-se do menor patamar de endividamento registrado desde a criação da pesquisa – fevereiro de 2004. Em relação a novembro, a queda é de seis pontos percentuais e no contraponto a dezembro de 2006, a retração é de 13 pontos percentuais.


Já no que se refere ao nível de inadimplência – consumidores com contas em atraso – no comparativo ao mês anterior, o recuo é de dois pontos percentuais para 36%, o menor índice desde setembro de 2006 quando atingiu 35%. No contraponto a dezembro de 2006, a queda é de sete pontos percentuais.


“A melhora desses indicadores e do nível do comprometimento de renda com dívidas sinalizam que este deve ser o melhor Natal dos últimos anos. Como o crédito tem financiado as compras do varejo é natural que nesta época do ano os consumidores procurem regularizar os débitos, seja por meio da renegociação de dívidas ou por meio dos recursos do 13.º salário. O objetivo é obter novos financiamentos para a realização de compras de fim de ano”, afirma o presidente da Fecomercio, Abram Szajman.


O percentual de renda comprometida com o pagamento de dívidas mostra queda de dois percentuais para 29%, também o menor patamar desde que a PEIC foi iniciada. No comparativo a dezembro de 2006, o nível de comprometimento de renda aponta retração de três pontos percentuais. A pesquisa mostra ainda que em dezembro 76% dos consumidores pretendem pagar total ou parcialmente suas dívidas em atraso e 22% afirmam não poder liquidar os débitos pendentes. Em novembro, 73% tinham intenção de liquidar suas pendências e 24% não. Em relação ao prazo médio de comprometimento da renda, prevalece o período de três meses a um ano (42%). O restante divide-se entre os períodos de até três meses (26%) e superior a um ano (31%).


13º Salário – Segundo a PEIC, 31% dos consumidores paulistanos pretendem utilizar a segunda parcela do 13º salário para comprar. Para 24% dos entrevistados, a intenção é poupar esse recurso e 15% pagarão dívidas. No caso da utilização do 13º salário para realização de compras, o item que lidera a lista é o de vestuário e calçados (42%), produto típico de vendas no Natal.


Os efeitos do 13º salário na economia são bastante importantes, e a prova disso está nos resultados obtidos pelo varejo com as vendas de final de ano. O mês de dezembro representa cerca de 11% a 12% do total das vendas no varejo no ano, ou seja, cerca de 30% ou 40% maior do que a média dos outros meses.

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