A adoção de projetos de responsabilidade social por diversas empresas tem crescido nos últimos anos. A atitude exige um grande investimento em pesquisa para desenvolver ou aprimorar os produtos visando minimizar seus danos à saúde de usuários, ao meio ambiente e à comunidade em geral. Isso inclui estar ciente das necessidades dos clientes para poder atendê-las de forma adequada. Como resultado, a empresa ganha confiança e mostra seu engajamento social.
Mas além do pensar em produtos, é preciso contribuir para a conscientização das práticas sustentáveis nas mensagens publicitárias. “A propaganda demonstrou desde os tempos pioneiros compromisso com causas relevante para o país”, indica Hiran Castello Branco, vice-presidente da ESPM, que recentemente recebeu o prêmio “Publicitário Latino Americano”. O publicitário exemplifica tal atitude citando a campanha “Exportar é a solução”, do Conselho Nacional de Propaganda, o Movimento Nacional pela Livre Iniciativa, as campanhas de aleitamento materno, do soro caseiro, em defesa do Estatuto da Criança e contra as drogas.
Um dos motivos que levou o publicitário a ganhar o prêmio foi a sua colaboração para a criação de indicadores de sustentabilidade, projeto desenvolvido em parceria com a ESPM e a ABAP, Associação Brasileira de Agências de Publicidade. Hiran relata que a ideia de implantar responsabilidade social na propaganda é um ideal que nasceu com pioneiros como Renato Castello Branco, Caio Domingues (relator do Código do Conar em 1978), José Maria homem de montes, Rodolfo Lima Martensen, entre outros empresários. Esses empreendedores viam a propaganda como algo que ia além de apenas incentivar o consumo, era instrumento para educar o cidadão. “A responsabilidade social na propaganda abrange os compromissos éticos que a publicidade tem que adotar no seu cotidiano”, explica Castello Branco.
Para alguns consumidores, a preocupação com a sociedade e o meio ambiente é um discriminante de escolha para adquirir um produto. “O instituto Akatu vem acompanhando a evolução disto, a longo prazo, as empresas que não agirem de acordo com os preceitos de responsabilidade social ambiental alinhados com a economia de baixo carbono e o consumo consciente estarão fora do mercado”, conclui o Castello Branco.