Autor: Alcides Ortiz
Em meio a toda essa mudança no cenário de oferta e concessão de crédito, temos acompanhado agora a implantação do Cadastro Positivo, que certamente dará nova roupagem às relações comerciais entre cliente e fornecedor. Ainda neste cenário é fundamental entender a importância de tratarmos “com carinho” a nossa carteira de compradores e entendê-los para que possamos prever seu comportamento.
Entender as preferências, a sazonalidade, o perfil de consumo, o estágio de vida, entre outras tantas variáveis, será o grande diferencial nas relações comerciais. O cliente gosta de carinho, de ser bem tratado, de receber uma correspondência com seu nome correto, de ter “mimos no atendimento”. Afinal, quem não gosta de sentir-se realmente especial e “notado”?
Por isso, a Ficha Cadastral é o ponto de partida para conhecermos bem quem é nosso cliente. Nela, devem estar contidas as informações que permitirão a correta avaliação do perfil de quem está comprando. Este arquivo deve ser elaborado de maneira objetiva, fazendo com que o preenchimento seja simples e rápido.
Todas as informações devem ter uma utilidade, ou seja, se a informação não vai servir para auxiliar a correta identificação do perfil do cliente, não deve estar na ficha cadastral.
É comum vermos em algumas fichas espaços mínimos para o proponente e/ou avalista preencherem. O que deve ser revisto, já que faz com que estes tenham que abreviar palavras e as reduções nem sempre obedecem as regras da língua portuguesa, o que dificulta o entendimento.
Devemos ser o mais claro possível, escolhendo bem os termos que darão nomes aos campos que serão preenchidos. Exemplo: Filiação: Pai / Mãe.
Sempre que um termo utilizado na ficha cadastral possa dar margem a erros de interpretação, devemos substituí-lo por um sinônimo adequado. A clareza e objetividade são fatores primordiais para o entendimento e melhor aproveitamento dos dados.
Nas empresas que utilizam as “propostas eletrônicas”, aqueles sistemas informatizados que registram os dados da ficha cadastral, a ordem de distribuição dos campos na tela do computador deve ser mais próxima possível da ordem apresentada na ficha cadastral em papel, para facilitar o trabalho de digitação. Isto quando os dois tipos de propostas (papel e eletrônica) existirem.
Os benefícios de um cadastro correto são inúmeros, tanto para a empresa que o faz, quanto para o comércio. Algumas dicas para ter um bom cadastro são: acesso rápido à informação; atualização periódica das informações; geração de novos dados a partir das informações armazenadas no Banco de Dados; armazenar, gerenciar e interagir dados e informações de natureza cadastral; monitoramento da carteira; diagnóstico de limite de crédito; planejamento e gestão de atuação; relacionamento com o cliente.
Afinal, só se pode oferecer algo a quem tem interesse. Por isso, conhecer seu cliente é o primeiro passo para fidelização.
Tenha o Cadastro Positivo como primeiro passo e veja no acesso às informações o caminho das pedras para conhecer quem faz sua empresa.
*Alcides Ortiz é executivo da Credify