Está satisfeito?

É sempre muito importante saber qual foi a experiência de um cliente depois de uma compra. Será que ele ficou satisfeito com o produto ou serviço? Será que funcionou a seu contento? Teria atendido todas suas necessidades? Por isso, não somente é importante realizar pesquisas de satisfação, como é essencial também estruturar um pós-venda de qualidade. Mais que uma proximidade, Felipe Schepers, COO e cofundador da Opinion Box, comenta que é uma estratégia eficaz saber onde se está acertando ou não. “Ou seja, onde a empresa precisa melhorar para atender às expectativas dos clientes e fazer com que eles aumentem a recorrência e fidelidade.”
Quando uma empresa demonstra que se preocupa com o público, tanto antes, quanto depois da compra, o cliente tende a se afeiçoar mais por ela. Pois sabe que está interessada nele, mesmo que a conversão não ocorra. E, com isso, o faz ficar ainda mais satisfeito. “Se ele estava satisfeito, continua, se ele estava insatisfeito, ele pode até dar uma segunda chance à empresa”, comenta o executivo. Ele ainda afirma quem tiver um bom pós-venda pode, inclusive, manter o cliente próximo, mesmo que o produto ou serviço não o agrade ou não atenda o que deseja. Porém quando não possui esse serviço, a chance de que isso ocorra é menor e, ainda, pode perder o cliente. “O risco recai principalmente para aquelas que possuem problemas com o produto ou serviço, pois com um bom pós-venda poderiam corrigir seus pontos fracos a tempo e recuperar espaço.”
Porém, Schepers é enfático ao afirmar que não há uma forma assertiva de fazer um bom pós-venda. Cada empresa possui sua forma e deve procurar por aquele caminho que mais sentir segurança e mais se encaixar ao seu perfil e de seu público. “O importante aqui é estar antenado às novas tecnologias que podem contribuir com o processo”, adiciona. “Vale a empresa entender qual o processo que gera menos trabalho e custo e que seja realmente utilizado pelo time para tirar lições aprendidas e crescer.”

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Está satisfeito?

Como anda a satisfação dos clientes com as empresas?  Para responder a questão, de forma a beneficiar os consumidores, o Centro de Estudos de Avaliação e Mensuração em Comunicação, CEACOM, da USP, em conjunto com a Universidade de Michigan (EUA), a Universidade de Lisboa (Portugal) e a empresa Qmetrics Brasil, desenvolveram o Índice Brasileiro de Satisfação do Cliente (BCSI). Neste ano o estudo avaliou os setores, financeiro (bancos) e, de telefonia (telefonia móvel e fixa). 
O intuito do BCSI é ajudar o consumidor, divulgando dados de satisfação de outros clientes sobre grandes empresas, em diversos setores. Com esses dados, o consumidor encontra melhores condições para escolher um produto ou serviço, estes com maiores garantias de satisfação. Os quesitos da avaliação das companhias foram: satisfação, qualidade do produto e serviço, valor percebido, lealdade, expectativa e reclamações. 
“As empresas vão ter indicadores de rigor e comparáveis entre si, para agilizar as tomadas de decisão com o objetivo de fortalecer o relacionamento com os clientes. Já as entidades governamentais vão ter acesso a métricas comprovadas e isenta a fim de acompanhar e incentivar o crescimento econômico e aumentar os padrões de vida dos seus cidadãos”, afirma o CEO da Qmetrics Brasil, João Vicente, o qual apresentará o estudo com exclusividade no Congresso Internacional de Gestão de Cliente – CIC 2013. 
Os dados do levantamento foram obtidos a partir de um questionário de trinta questões de múltipla escolha. A amostra teve 250 entrevistas, escolhidas aleatoriamente e, demonstrou análise tanto qualitativa, quanto qualitativa. Além de avaliar o grau de satisfação do consumidor, o levantamento permitiu mensurar a fidelidade destes.
Resultados globais
O BCSI mostrou que os bancos de varejo são o segmento com os índices mais elevados e, a telefonia fixa apresenta os indicadores mais reduzidos. A telefonia móvel supera os bancos no quesito: “valor percebido”.
Reclamações
Ainda de acordo com a pesquisa, os bancos de varejo são os que geram menos reclamações, reunindo as melhores avaliações no quesito, “tratamento da reclamação”. Em contraste com o segmento, a telefonia fixa teve o pior desempenho, com o maior índice de reclamações. 
Call center e website
A satisfação dos clientes nas categorias, call center, e,   website,  mostraram resultados semelhantes – mais uma vez o segmento de bancos de varejo teve as melhores avaliações, distinguindo-se do setor de telecomunicações na avaliação do website. 

Resultados por segmento no Brasil
Bancos de Varejo: O BCSI revelou que a Caixa Econômica Federal foi o banco melhor avaliado, com maior índice de satisfação do consumidor. 
Telefonia Móvel: A Vivo foi destacada como o fornecedor de serviços de telefonia móvel com o maior indicador de satisfação dos clientes.
Telefonia Fixa: A operadora Oi é o fornecedor de serviços de telefonia fixa com maior índice de Satisfação dos clientes.

Brasil precisa avançar
A pontuação brasileira revela que o país precisa melhorar seus serviços em pelo menos 10 pontos. Na satisfação dos clientes, o Brasil ficou abaixo da classificação mundial. No segmento bancos, enquanto Indonésia tem 79 pontos, África do Sul tem 78 e EUA têm 77, o Brasil tem apenas 68 pontos. Na telefonia móvel, Portugal tem 75 pontos, Reino Unido e Turquia têm 74 pontos e o Brasil tem 65. Os piores resultados foram com telefonia fixa – EUA detêm 74 pontos, Coreia do Sul tem 73 e o Brasil, apenas 59 pontos.

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