A pesquisa “Comportamento de Consumo de Informação dos Trabalhadores da Geração Y nas Indústrias Metalmecânicas do Norte de Santa Catarina” revelou que mais de 70% dos entrevistados, que acessam todos os dias a internet, possuem em média 2 a 3 celulares e utilizam o aparelho como meio de conexão. Ainda 85% usam a rede para ler notícias, já que 28% apenas têm acesso a ela no trabalho. Esses e outros dados reveladores foram divulgados ontem (06) na Acij, em Joinville, durante o evento de apresentação.
A prioridade dessa geração é para 50% dos entrevistados obter boa formação profissional, e apenas 15% desejam, inicialmente, adquirir a casa própria. “O jovem só sai de casa a partir do momento em que está estruturado profissionalmente. Existe uma mudança nas noções de comportamento e recomposição de valores na sociedade. Há, principalmente, um fortalecimento da individualização nessa geração”, destaca Bruno Pezzotti, coordenador de campo do IPS Univali.
No âmbito profissional, o palestrante e consultor em conflitos de gerações, Sidnei Oliveira aponta que os jovens são muito habilidosos, mas com pouca experiência, necessitando serem desafiados para ganhar maturidade. “Pesquisas realizadas com jovens na Europa e no Oriente apontam o mesmo comportamento identificado neste estudo. A Geração Y quer deixar sua marca, mostrar a identidade e os veteranos precisam deixar que os jovens errem e criem cicatrizes. Com esta exposição é que vão desenvolver experiência”, explica o consultor.
Ely Diniz, presidente da EDM Logos, ressalta a dificuldade das empresas em comunicar seus colaboradores e público externo. “Nós temos sentido nestes últimos anos, e as empresas também, essa dificuldade. Muitos instrumentos formais usados na comunicação corporativa são da década de 1970. Mais do que novas ferramentas, precisamos refletir sobre os conceitos de como dialogar com as novas gerações”, afirma.