Considerado o código de barras do século 21, a etiqueta inteligente (ePC – eletronic Product Code), também conhecida como smart tag ou e-tag, deverá se tornar uma realidade no mercado mundial já em 2005. E a partir dessa data que grandes fabricantes e varejistas internacionais prevêem a adoção em paletes, caixas de embarque e produtos.
No Brasil, a associação ECR Brasil coordena os estudos sobre a tecnologia de identificação por radiofreqüência, por meio do Comitê de Etiqueta Inteligente, formado por representantes da indústria, varejo, consultorias e fabricantes.
O comitê realizou a pesquisa “Etiqueta inteligente no Brasil” para saber quais as áreas de maior interesse na implementação da etiqueta inteligente, a expectativa das empresas quanto à disponibilidade da tecnologia, assim como as previsões de desenvolvimento de projetos e investimentos a ele relacionados.
A pesquisa da Associação ECR Brasil, realizada num workshop que reuniu 47 empresas potencialmente usuárias da tecnologia e representantes de indústrias (alimentícia, farmacêutica, higiene e beleza), distribuidores, varejistas (supermercados, materiais de construção, eletrodomésticos e vestuário) e provedores de tecnologia, mostrou que 70% das companhias, em média, devem fazer investimentos em tecnologias relativas à etiqueta inteligente a partir de 2005 ou depois. Entre as representantes do varejo, 89% revelaram que farão investimentos nesse período. Da indústria, 65% confirmaram a mesma intenção.
Em relação ao prazo que pretendem passar a utilizar a etiqueta inteligente em grande escala, varejo e indústria foram unânimes. A pesquisa apontou que os dois setores planejam empregar a tecnologia de radiofreqüência em suas empresas num prazo de três anos ou mais. O grupo de empresas distribuidoras participantes da enquete, essencialmente formado por transportadoras, estimam começar a utilizar no prazo de um a dois anos as etiquetas inteligentes em larga escala.
“Esses e outros resultados da pesquisa da Associação ECR Brasil são apenas indicativos, direcionais, dadas todas as lacunas de conhecimento e eventualmente de poder dos participantes. Seu valor, entretanto, é significativo, especialmente quando comparados os resultados brasileiros com os de eventos com o mesmo formato realizados nos EUA e no México, cujas conclusões são bastante similares”, afirma o superintende da Associação ECR Brasil, Claudio Czapski. “A divulgação dos resultados deverá subsidiar tanto as empresas potencialmente usuárias, como também os provedores de soluções no estabelecimento de foco e prioridades de ação, inclusive orientando os projetos que venham a ser conduzidos pelo grupo de trabalho que reúne a Associação ECR Brasil e EAN.UCC”, conclui Czapski.