Desde 2004, os gastos dos brasileiros no exterior aumentam aceleradamente, segundo dados do Banco Central. Só em 2011, foram mais de 20 bilhões de dólares. Nova Iorque, por exemplo, recebe mais turistas canadenses e ingleses, contudo, foram os brasileiros que mais gastaram em 2010, chegando a aproximadamente 1,6 bilhão de dólares. Para o advogado Edson Pinto, esse fenômeno se deve às tributações cobradas no Brasil e à falta de transparência de como e onde são aplicadas. “O governo é um sócio da família e do empresário brasileiro, ou seja, ele leva uma fatia enorme da renda familiar e dos empresários. Uma parcela muito pequena deste montante volta para a população em serviços de má qualidade, como segurança, saúde, educação e transporte ineficientes”, comenta o especialista.
Em comparação à economia norte-americana, o advogado salienta que a grande maioria dos impostos é cobrada apenas do consumidor final, um valor de 6% a 7% sobre o consumo, destacando que esta seria a forma mais justa de cobrança de impostos. Para o tributarista, com a eliminação dos impostos em cascata, o preço dos produtos seria desonerado, o que pode aumentar o poder de compra familiar. “Devemos pleitear uma cobrança justa e clara. Creio que 7% de cobrança sobre o produto final e bem detalhada no cupom fiscal é bastante razoável, além de ficar transparente para o consumidor e para o próprio governo”, sugere Pinto.