As vendas na região metropolitana de São Paulo registraram, em fevereiro, alta de 1,1% na comparação com o mesmo período de 2006. Este é o segundo aumento consecutivo no faturamento do varejo, conforme apurou a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV) da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio). No acumulado do bimestre, o incremento foi de 4,5%.
“Este resultado é bastante relevante, porque a base de comparação tem se mostrado crescentemente positiva Também em 2006 registrou-se alta de 5% sobre o mesmo período de 2005. Tanto no ano passado como agora, o crescimento das vendas se explica pela combinação de dois fatores essenciais: aumento do poder de compra e expansão do crédito”, diz Abram Szajman, presidente da entidade.
O resultado obtido em fevereiro é resultado do aumento das vendas em sete das nove atividades pesquisadas – apenas Supermercados e Autopeças e Acessórios mostraram queda de faturamento real em fevereiro. No entanto, a forte retração nas vendas dos Supermercados merece atenção, não apenas pela sua importância na participação econômica, mas também porque este grupo é responsável pela comercialização de bens essenciais de consumo. A maior alta foi nas Concessionárias de Veículos (18,3%) e o pior resultado ficou com as lojas de Autopeças e Acessórios (-31,9%).
A oferta crescente de crédito, com juros em tendência de queda e alongamento de prazos, deverá ser o principal fator de sustentação das vendas. Isso porque a elevação na renda dos consumidores deverá ser mais modesta neste ano, assim como o reajuste no salário mínimo. É importante observar no entanto, que o descompasso existente entre empréstimos e renda poderá acarretar uma elevação progressiva do endividamento e da inadimplência, que pode ser um obstáculo ao crescimento mais vigoroso das vendas no futuro.