Aproximadamente, sete em cada 10 pessoas em todo o mundo (69%) acreditam que interações face-a-face estão sendo substituídas por outros eletrônicos. Como declara o estudo “Guerra das Telas”, da Nielsen. A pesquisa mostrou que a televisão é a tela de escolha para a maioria das formas de visualização de conteúdo eletrônico. Entretanto, o acesso a dispositivos e a interação com as mídias sociais estão mudando o poder de escolha. No Brasil, cerca de 50% das pessoas acreditam que as interações face-a-face estão sendo substituídas por outros eletrônicos.
O analista José Calazans, da Nielsen Ibope, afirma que esse cenário cria não só complexidade, mas também oportunidade. “O mais importante é entender como os padrões de visualização estão mudando e determinar as forças por trás da mudança. A indústria da mídia precisa compreender essas transformações e adaptar estratégias para se adequar com uma nova realidade. Oferecendo conteúdo atraente e relevante de fácil acesso por meio de dispositivos e canais”, destaca.
TAMANHO IMPORTA, SIM
Para 55% dos entrevistados globais, programas de vídeo são fundamentais no seu dia a dia. Mas quando se trata de um tamanho maior de tela, esse quesito é fundamental. Dos brasileiros, 46% concordam que quanto maior a tela para visualizar imagens de vídeo melhor. A maioria dos entrevistados globais (63%) prefere tamanho maior de tela, mas também aprecia a conveniência e portabilidade de dispositivos móveis. Já seis em cada 10 acham que assistir à programação de vídeo em seu dispositivo móvel é mais conveniente. Além disso, mais da metade (53%) diz que uma tela mais compacta, assim como de smartphones, é muito melhor do que a tela de um computador ou laptop para assistir à programação.
Ao mesmo tempo, a TV ao vivo se tornou um evento social que vai além dos limites das salas de estar. Pois mais da metade dos entrevistados (53%) disseram que gostariam de assistir shows e fazer parte de discussões nas redes sociais e quase a metade (49%) informou que assistir à programação de vídeo ao vivo mantêm um vínculo com alguma mídia social. Dos entrevistados globais, 47% disseram que se envolvem com as mídias sociais enquanto assistem à programação de vídeo. Mais da metade (58%) diz que navega na Internet enquanto assiste à programação.
“A segunda, terceira e quarta tela tornam-se às vezes uma extensão fundamental para a experiência de visualização”, diz Calazans. “Enquanto várias telas dão aos espectadores mais opções, eles também dão aos provedores de conteúdo e anunciantes mais oportunidades e maneiras de alcançar e engajar os telespectadores. Experiências bem projetadas não só podem fazer a experiência de visualização mais agradável, como também maximizar o tempo que os usuários passam interagindo com as marcas.”
QUEM ESTÁ ASSISTINDO?
A TV é um dispositivo primário de escolha para todas as gerações, mas o seu status de liderança é mais alto entre os telespectadores mais velhos. Globalmente, 91% dos entrevistados da Geração Silenciosa (com mais de 65 anos de idade) disseram que assistem a TV. Seguido por 84% dos Baby Boomers (idades 50-64); 75% da Geração X (idades 35-49); 62% da Geração Y (idades 21-34) e Geração Z (idades 15-20). A utilização de computador e celulares é mais frequente entre os consumidores mais jovens. Das Gerações Z e Y, 42% de cada dizem assistir à programação de vídeo em um computador, em comparação com 31% da Geração X, 25% dos Baby Boomers e 15% dos entrevistados da Geração Silenciosa.
Da mesma forma, um quinto dos participantes da Geração Y e Z (22% e 20%, respectivamente) declarou que assiste programações em telefone celular, em comparação com 14% da Geração X, 6% dos Baby Boomers e 2% dos entrevistados da Geração Silenciosa. O uso do tablet é maior entre os participantes da Geração Y e X, citados por 16% e 15% dos entrevistados, respectivamente. Em comparação, 12% dos participantes da Geração Z, 8% dos Baby Boomers e 4% da Geração Silenciosa dizem assistir a vídeos neste dispositivo. “Os usuários mais jovens, os precursores digitais, são consumidores vorazes de mídia. Seus celulares estão no centro de suas vidas. Para os consumidores em geral, principalmente os mais novos, o celular já não é apenas para uso fora de casa, mas em todos os lugares. Dessa forma, os provedores de conteúdo e anunciantes precisam ser flexíveis em suas abordagens para atingir os consumidores em todos os lugares, no dispositivo que estão usando e durante as atividades de que participam”, finaliza o analista.