Pesquisa realizada no mês de maio pela Forma Editora sobre a tomada de decisão de empresas e agências em relação à compra de serviços gráficos, constatou que 61,53% das gráficas entrevistadas admitiram ter problemas com seus orçamentos por falta de conhecimento do seu cliente final em relação ao processo gráfico, 23,7% alegaram não ter nenhum tipo de problema e 15,38% não responderam o enquete.
Segundo conclusões do estudo, estas divergências ocorrem em função do foco dos investimentos do setor gráfico ser predominantemente nas áreas de produção e novas tecnologias. Além disso, em decorrência da demanda espontânea por serviços gráficos, a área de marketing e o contato com o cliente ficam relegados ao segundo plano. A pesquisa também constatou que o cliente direto não tem conceito de marca das gráficas. Ele não sabe onde estão e quais os diferenciais, optando pelo preço como principal referência. Outro fator que define o grau de relacionamento é que geralmente grandes empresas acabam impondo diversos tipos de bloqueio para estabelecerem um nível de exigência em relação aos seus fornecedores.
Os principais atritos do dia-a-dia englobam informações e comunicação ineficientes e esporádicas entre clientes e fornecedores. A pesquisa detectou ainda dados que provam estes problemas: 50% das gráficas alegam falta de conhecimento do responsável da empresa consumidora no processo de pré-impressão, 41,66% em relação à produção, 33,33% desconhecem informações sobre papel e sua utilização, 33,33% não sabem como utilizar tintas, 16,66% não sabem o que é CTP e 33,33% apresentam dificuldades em outras áreas. Ainda em relação à pesquisa, foi constatado que quem mais procura por produtos ou serviços em uma gráfica é o cliente direto com 58%, 44,44% fica com o setor de compras.