A KPMG Corporate Finance acaba de divulgar os resultados do Panorama sobre Fusões e Aquisições referente ao ano de 2004. De acordo com o levantamento, foram registradas 277 transações no período, indicando um aumento de 20% em relação a 2003, quando foram fechadas 230 operações. “Este foi o melhor dos últimos três anos”, afirma Márcio Lutterbach, sócio da KPMG Corporate Finance.
O interesse de empresas estrangeiras por companhias brasileiras ou subsidiárias também se mostrou crescente: em 2004 ocorreram 144 transações de capital estrangeiro, enquanto em 2003 houve 90 movimentações desse tipo. Somente no quarto trimestre, com fechamento em 15 de dezembro, ocorreu um total de 71 transações, tanto domésticas quanto de cross border (capital estrangeiro). O Estado de São Paulo apresentou o maior número de transações no país, totalizando 47 operações, seguido do Rio de Janeiro com 18; Minas Gerais com 11; Rio Grande do Sul e Bahia, ambos com seis, e Espírito Santo e Santa Catarina, com quatro.
No quarto trimestre houve, ainda, 40 aquisições de capital estrangeiro. Deste total, 16 envolveram empresas de capital majoritário estrangeiro adquirindo empresa de capital majoritário brasileiro. Outras 16 envolveram empresas de capital majoritário estrangeiro adquirindo subsidiárias estrangeiras no Brasil.
Já o número de transações envolvendo nacionalização de negócios foi de quatro operações de empresas de capital majoritário brasileiro adquirindo empresa de capital majoritário estrangeiro, mas estabelecida no Brasil. Enquanto isso, as transações domésticas totalizaram 31 operações no quarto trimestre, sendo 95 em 2004 (em 2003, esse total foi de 140).
No ano, a indústria de alimentos, bebidas e tabaco apresentou o maior destaque, com 34 transações, seguida por telecomunicações (30), tecnologia da informação (21) e por publicidade e editoras (17). “No setor de alimentos, o Brasil já voltou aos patamares de 1997 e 1998, quando o boom econômico impulsionou os investimentos estrangeiros”, conclui Lutterbach. “O ano 2005 deverá ser muito bom se a economia mantiver este ritmo de crescimento.”