Chegando ao Brasil no fim do ano 2011, o clube de assinatura é um serviço que já conquistou grandes terrenos em outros países, como os Estados Unidos. Por aqui, esse parece ser um tipo de negócio que ainda se encontra em estágio inicial e conquistando seu espaço. Porém, tudo indica que há muito a crescer, como acredita Gabriel Ribeiro, CEO da BistroBox e criador da Associação Brasileira dos Clubes de Assinatura. “No Brasil ainda tem um potencial não explorado enorme”, diz.
As oportunidades de ouro para esse segmento se concentram justamente no fato de que, hoje, o consumidor brasileiro vem se habituando cada vez mais com as compras online. Mais seguro e informado, ele passa a explorar novas formas de negócio e isso inclui os clubes de assinatura, já que a maioria das empresas que fazem parte desse grupo se relaciona com seu público quase totalmente por meio de seus sites. “É um setor que está resistindo bem frente à crise e seus consumidores são leais”, comenta Ribeiro, que pode ver o crescimento de sua marca como um bom exemplo de sucesso desse tipo de comércio.
Entretanto, o que há de tão diferente desse segmento, que faz com que o público seja fiel, como dito por ele. O executivo explica que o fato do cliente receber em casa a caixa com os produtos, faz com que crie uma expectativa por cada remessa e, com isso, aguarde como um presente. Mesmo que seja preciso fazer uma assinatura para esse serviço. “Ele acha legal chegar em casa e abrir a caixa para ver as surpresas que foram selecionadas, além de ter descontos em parceiros, informações sobre os produtos recebidos e a praticidade de recebimento”, conta. Ou seja, o comodismo junto à surpresa são fatores importantes para fazer com que a pessoa permaneça assinante.
Como é o caso da BistroBox, que entrega, uma vez por mês, cinco produtos gourmets para aqueles que são apaixonados por cozinha. Além dos produtos, há na caixa explicações sobre cada item do kit, bem como receitas para que o consumidor possa aproveitá-los da melhor maneira. Por exemplo, já foram enviadas flores de sal, cramberry desidratada, risoto de trufas negras, entre outros. “No momento, estou em busca de investidores para participarem da expansão da empresa e fazer parte da primeira assinatura de produtos para cozinhar do Brasil”, adiciona.
O que ganham as empresas parceiras? Ribeiro afirma que os clubes acabam funcionando como uma plataforma de marketing para divulgação de novas marcas, permitindo que tenham um alcance maior de clientes. “É uma forma de divulgação muito efetiva e de baixo custo. É uma proposta de valor bem diferente de um e-commerce tradicional.” Isso porque, junto com os produtos, geralmente, as caixas acompanham informação e outros conteúdos, como os clubes procuram incentivar o relacionamento dos clientes por meio de seus canais.