Em seu sétimo dia sem avanços nas negociações, a greve dos Correios tem deixado as empresas de marketing de direto, fullfilment e comércio eletrônico preocupadas. Ontem representantes da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) reuniram-se em Brasília com o ministro das comunicações, Hélio Costa, e com o presidente dos Correios, Carlos Henrique Custódio, porém as propostas não foram aceitas pelos grevistas e após a realização de assembléias regionais a Federação decidiu manter o movimento por tempo indeterminado.
As informações sobre os números da greve continuam desencontradas; enquanto a ECT informa paralisação de 20% do efetivo, os sindicalistas afirmam que 80% dos funcionários aderiram ao movimento. Segundo os Correios o plano de contingência continua – deslocamento de pessoal administrativo para os serviços de separação, triagem e entrega, e contratação de mão-de-obra – e a entrega das encomendas urgentes estão sendo realizadas.
A categoria reivindica R$ 200,00 de aumento linear e reajuste de 47,77% para compensar perdas salariais desde 1994; enquanto a ECT e o Ministério das Comunicações oferecem R$ 10,00 de aumento linear a partir de abril de 2008, reajuste imediato de 3,74%, mais aumento linear de R$ 50,00 em janeiro do ano que vem e abono salarial de R$ 400,00.