Diante da crise econômica, o brasileiro muda seu comportamento para manter conquistas. Contra os aumentos de preços e a diminuição de crédito e renda para consumir, a população usou uma ferramenta que está ao alcance das mãos: o smartphone. O celular potencializou a capacidade de pesquisar e comparar do consumidor. Uma pesquisa desenvolvida pela agência de publicidade nova/sb comprovou que esse novo comportamento não é modismo: 92% dos entrevistados se tornaram mais racionais ao consumir. A maioria (49%) através de busca de opinião nos sites e aplicativos especializados.
São quatro os perfis encontrados pelo índice popsynergy: “smart buyers ou consumidores inteligentes” (49%), caracterizados pela grande habilidade de economizar e gerir o próprio dinheiro, esse se sente menos afetado pela crise financeira que assola o país; “pé no chão” (26%) também praticam o consumo racional, mas não abrem mão de uma certa dose de conveniência; “sobrevivente” (17%) não está em posição de escolher muito – tem que reduzir o máximo de custos possível para não se endividar; e, por fim, o grupo “ostentação” (8%), que se caracteriza por dificuldades em abrir mão de gastos e do estilo de vida que tinha antes da crise financeira.
Ao todo, foram entrevistadas mais de 2600 pessoas em todo o Brasil, entre novembro de 2014 e novembro de 2015. Outra descoberta referente ao comportamento do brasileiro em relação ao período é que houve uma mudança brusca no sentido de contenção de gastos em 92% dos entrevistados em apenas um ano. Revelando que, além de tudo, a população se mostra bastante flexível em termos de mudança de hábitos.
Conheça mais detalhes dos perfis:
Consumidor Inteligente – planejado e metódico. Pesquisa muito, pois tem receio de correr o risco de não obter a mesma qualidade ao experimentar marcas que nunca usou antes. As classes B e C têm mais indivíduos pertencentes ao grupo, e a escolaridade é de nível médio.
Pé no Chão – perfil mais aberto a experimentar novos produtos e marcas. Também cortam o supérfluo, mas ajusta o consumo sem grandes sacrifícios. É um grupo qualificado pela sua alta escolaridade, em média. Participam dessa categoria a classe A e alguns membros das classes B e C.
Sobrevivente – aquele que teve de cortar muitos gastos para não se endividar. Com pouca margem de manobra, opta pelos produtos mais baratos, mesmo que tenha que abrir mão de qualidade. Costuma cortar a alimentação fora de casa e a bebida alcoólica. Predominância das classes D e E, porém, também são encontrados indivíduos da classe B.
Ostentação – mais impulsivo e indulgente, sente muita dificuldade em mudar seu comportamento de consumo: o consumidor ostentação quer saber de continuar consumindo todos os produtos e serviços que sempre buscava antes da crise. É mais evidente em alguns jovens das classes A e D.
“Em parceria com uma equipe de acadêmicos internacionais e o instituto Ilumeo, criamos uma metodologia de direcionamento de marketing. Estes achados através de estatísticas conferem um caráter científico e não mais empírico ou intuitivo, para a tomada de decisões. Agora os números demonstram para a gente como pensam os brasileiros e quais são as tendências”, explica Sérgio Silva, diretor da nova/sb.