IA já é realidade

Autor: Ademir Piccoli
A Inteligência Artificial (IA) já é uma realidade, a relação entre pessoas e máquinas está mudando e nossas expectativas de como o mundo irá evoluir também estão mudando.
Hoje ouvimos que “as máquinas vão tirar o emprego dos humanos”, tanto que é possível prever funções que deixarão de existir com o avanço da tecnologia, mas não é possível prever quais novos empregos surgirão, e o fato é que com o avanço de tecnologias como IA estão nascendo novas profissões:
– Cientista de aprendizagem de máquinas
– Engenheiro de aprendizagem de máquina
– Cientista de dados
– YouTubers
– E-atletas (jogadores profissionais de videogames)
– Design de órgãos humanos
– Organizador de Crow Funding
– Curador de conteúdo
Estudo da IDC patrocinado pela Salesforce previu que a adoção da AI aumentará rapidamente nos próximos quatro anos. Atividades de gerenciamento de relacionamento com o cliente com base em AI adicionarão US$ 1,1 trilhão para receita de negócios e criarão mais de 800.000 empregos de 2017 a 2021.
De acordo com IDC FutureScape: Worldwide Digital Transformation 2018 Predictions, em 2019, 40% das iniciativas de transformação digital serão suportadas por recursos cognitivos e de Inteligência Artificial. 
A capacidade de utilizar Inteligência Artificial para melhorar a tomada de decisões, reinventar modelos e ecossistemas de negócio, além de melhorar a experiência do consumidor é um dos principais desafios dos fabricantes de tecnologia segundo o Gartner.
Vamos entender o que são e como cada tipo de IA pode ser uma influência positiva dentro da realidade:
(ANI) Artificial Narrow Intelligence
Esta é a tecnologia mais aderente no mercado, pois está presente em anti-spam, busca do google, ferramentas que transformam áudio em texto, etc. Nesta categoria se encontra o famigerado Machine Learning, que nada mais é a análise de dados e extração de conhecimento dos mesmos, tornando as máquinas “autodidatas”.
Atualmente há diversos sistemas baseados em machine learning empregados em várias operações no Mercado Financeiro, o que auxilia a tomada de decisão sobre investimentos, vendas e compras de ações. Outra aplicação prática de Machine Learning é por meio dos chamados “chatbots”, que otimizam o atendimento ao cliente de maneira instantânea.
(AGI) Artificial General Intelligence
A inteligência artificial geral (AGI) é a representação de habilidades cognitivas humanas generalizadas em software, de modo que, diante de uma tarefa desconhecida, o sistema de Inteligência Artificial possa encontrar uma solução. Um sistema AGI pode executar qualquer tarefa que um humano seja capaz.
Dentro desta contexto está o Deep Learning, que trata de sistemas de aprendizagem inspirados na capacidade do cérebro humano ao utilizar as chamadas redes neurais profundas, que aceleram as máquinas de aprendizado.
Um dos casos mais legais foi apresentado pelo desenvolvedor e Youtuber americano Seth Bling[i]. Ele criou o software MarI/O, que é uma rede neural que visa ensinar uma máquina a jogar Super Mario World – sucesso da Nintendo dos anos 90 – através de tentativa e erro. Com isso, o programa aprendeu sozinho, em menos de 24 horas, a terminar a primeira fase do jogo em trinta e dois segundos. Este exemplo mostra o quanto a Inteligência Artificial tem a evoluir e transformar a realidade.
(ASI) Artificial Superintelligence
A Superinteligência artificial é um termo que se refere ao momento em que a capacidade dos computadores ultrapassará os humanos. Esta sim, uma ideia bem futurista, ainda em fases iniciais de concepção. Na teoria, acredita-se que quando chegarmos a este estágio, a capacidade cognitiva das máquinas superará em muito a de um ser humano.
Desafios da Inteligência Artificial
Uma das maiores desconfianças que os cientistas enfrentam é como mostrar exatamente como uma AI chegou a uma decisão. Para isso, auditorias de TI serão cada vez mais necessárias.
A questão deixou de ser ‘se devemos investir’ e passou a ‘quando e como fazer’. Os assistentes virtuais inteligentes, como Siri (Apple), Alexia (Amazon), Leonardo (SAP), Cortana (Microsoft), e Bixby (Samsung), além do assistente virtual do Google, são provas de que a Inteligência Artificial aos poucos vai se tornando mais eficiente e ganhando espaço, esses assistentes agregam valor a uma base de usuários muito mais ampla e fornecem um monitoramento de negócios mais profundo, automatizado, interativo e proativo. E quem não se adequar pode ficar para trás em relação à concorrência.
AI é uma tecnologia multidisciplinar, por isso a mais aderente a todos os públicos, e tem capacidade de elevar o processo de transformação digital a outro patamar, as máquinas estão pedindo passagem para simplificar processos e otimizar mecanismos nos negócios, não para substituir o homem, pois por mais que a tecnologia evolua, ainda está longe de desenvolver a habilidade da empatia, diferencial do profissional do séc. XXI.
Ademir Milton Piccoli é advogado evangelizador do uso intensivo de tecnologia no segmento Jurídico, atuando a mais de 15 anos no mercado de tecnologia com experiência nos setores público e privado. É curador de projetos ligados à tecnologia e inovação, difusor de conceitos e atividades ligadas a modernização do setor público, ativista na transformação digital do poder judiciário, faz mentoria e aceleração de startups e atua em projetos de inovação corporativa.

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