ICC cresce em 0,9% em julho

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado em conjunto pela Fundação Getúlio Vargas e pela Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo), na região Metropolitana de São Paulo, apresentou elevação de 0,9% em julho, em relação a junho deste ano, quando houve queda de 5,6%. O índice subiu de 117,7 pontos para 118,7 pontos, numa escala que varia de 0 a
200 e que indica pessimismo abaixo de 100 e otimismo acima desse número.
De acordo com a assessoria econômica da Fecomercio, apesar de discreta, a elevação mostrou-se consistente, devido à trajetória positiva observada nas quatro apurações semanais, efetuadas entre a segunda semana de junho e a primeira de julho. O crescimento resultou, principalmente, da melhoria do nível de confiança diante da situação presente, um dos itens analisados na pesquisa, que aumentou 3,5%, chegando a 98,2 pontos, ante redução de 5,9% em
junho. O resultado indica uma percepção mais segura dos consumidores quanto aos sinais de retomada do crescimento econômico no médio prazo, motivada em especial pela redução da taxa de desemprego.
Já a avaliação da expectativa dos consumidores em relação ao futuro
registrou queda de 0,4% (132,4 pontos), enquanto em junho houve redução de 5,6%. Essa variação negativa indica, segundo os economistas da Fecomercio, que ainda há cautela em relação à capacidade de a economia se manter em crescimento por um período mais longo, principalmente, no que diz respeito à geração de empregos e melhoria de renda.
A pesquisa de julho revela que os consumidores com renda acima de 10
salários mínimos continuam liderando o otimismo, com um índice de confiança de 138,7 pontos, 1,3% maior do que em junho, quando houve aumento de apenas 0,1%. Entre os que têm ganhos inferiores a 10 salários mínimos, apesar de ainda ser baixo, o nível de confiança apresentou recuperação, alcançando 109 pontos, com aumento de 1,2%, após queda de 9% em junho.
A maior elevação do ICC no período (4,4%) ocorreu entre pessoas na faixa etária de 35 anos ou mais, atingindo 116,9 pontos. Já entre os que têm abaixo de 35 anos foi registrada a única redução, de 1,3% (119,8 pontos). O otimismo também mostrou-se maior entre os homens, com 119,1 pontos (aumento de 1,8%), enquanto entre as mulheres não houve alteração na percepção, que se manteve em 118,3 pontos.
Considerando a trajetória dos dados semanais e a baixa amplitude das
variações apresentadas pelo ICC em julho, a assessoria econômica da
Fecomercio avalia que sua elevação terá continuidade também em agosto. Os contínuos anúncios de resultados positivos na economia, que demonstram o aquecimento do nível de atividade interna, e seus reflexos sobre o nível de emprego e renda devem contribuir para isso.
A partir deste mês, foi implementada uma importante alteração, que garante maior precisão técnica aos resultados do ICC, além da ampliação do público pesquisado de 900 para quase 2000 pessoas. O índice passou a ser calculado com base em quatro tomadas semanais, sendo as três primeiras com cerca de 400 entrevistas e a última com, no mínimo, 900 entrevistas, esta sempre na primeira sexta-feira de cada mês corrente. Desta forma, o ICC passa a refletir as respostas ao longo do mês, o que neutraliza a preponderância de
efeitos relacionados a situações pontuais, como ocorria anteriormente.

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