O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de outubro, calculado pela Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo), atingiu 108 pontos em outubro, com queda de 1% em relação ao mês anterior. Em setembro, o ICC havia registrado retração próxima de 13%, atingindo 109,5 pontos. O indicador varia de 0 a 200 pontos, apontando otimismo acima dos 100 pontos e pessimismo abaixo desse patamar.
Segundo a avaliação da Fecomercio, o resultado de outubro sinalizou que o ajuste do mês anterior foi suficiente para equilibrar tanto o índice quanto os componentes de expectativas futuras e de percepção atual. Ainda de acordo com a análise da assessoria econômica da Fecomercio, a pequena variação do ICC deste mês reflete efeitos de um mês relativamente tranqüilo tanto no âmbito político quanto no econômico. Após quase cinco meses de crise política aguda, o assunto deixou de ser novidade, reduzindo o seu impacto. Da mesma forma, o aspecto econômico vai modestamente bem, sem crises à vista no curto prazo.
Desse modo, o patamar atual do ICC interrompe uma trajetória de variações mais expressivas, tendendo, no curto prazo, para futuros ajustes finos da percepção, já que o cenário conjuntural permanece com pouca volatilidade e deve ser propício à redução de juro, como poucas expectativas relevantes e sem perspectivas de crises internacionais.
Assim, ao avaliar separadamente os índices componentes do ICC, há queda significativa no Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA), de 103,6 para 100,2 pontos, ou 3,3%. Já a percepção em relação ao futuro, captada pelo Índice das expectativas do Consumidor (IEC) cresceu 0,4%, saltando de 113,5 para 113,9 – um resultado que pode ser considerado estável.