O iDEXO chega ao mercado como uma nova iniciativa de fomento ao empreendedorismo e inovação. O instituto, sem fins lucrativos, tem o propósito de conectar startups, empreendedores e desenvolvedores a grandes empresas na busca por novas soluções de negócios. Criada como uma plataforma aberta de inovação, o projeto visa a identificar ideias, que tenham potencial de adoção e crescimento exponencial, estruturar o negócio e as conectar ao mercado.
Diferente de todas as outras iniciativas existentes no Brasil, o iDEXO vai disponibilizar infraestrutura e tecnologias (incluindo abertura de APIs), aplicar metodologias globais de mentoria, além de estimular a possibilidade de investimento junto a empresas associadas. O instituto também se destaca pelo seu ambiente – de 1.300 m² -, localizado dentro da nova sede da Totvs, na Zona Norte de São Paulo. Há estações de trabalho individuais, mesas compartilhadas, espaços para reuniões, laboratório de Design Thinking, além de espaços para descompressão, descanso e happy hours.
De acordo com Gustavo Torres, diretor geral do iDEXO, a ideia é criar um grande ecossistema baseado no conceito de coinovação. Ou seja, incentivando a conexão entre empresas já consolidadas de mercado com novos empreendedores para que, juntos, possam inovar e criar soluções para demandas de organizações e setores. “Ainda é comum existir uma competição entre empresas e startups que despontam no mercado. Queremos promover o intercâmbio de ideias entre elas para que possamos criar juntos soluções que atendam às reais necessidades”, destaca.
Tudo começa com seleções, que acontecerão três vezes ao ano, para novos empreendedores, sejam startups ou desenvolvedores autônomos, que desejem se juntar ao instituto e colaborar nos projetos. Essas chamadas partirão sempre de um desafio de negócio e a primeira delas deve ser realizada em novembro. Após as inscrições, as melhores ideias para solucionar o problema divulgado serão selecionadas e ingressam no programa iDEXO, com duração de três meses. No final, terão que apresentar os projetos para uma banca, formado por profissionais de mercado e de empresas associadas, que escolherão os ganhadores. As soluções que já estiverem maduras poderão receber investimentos das organizações parceiras, para continuarem seus negócios de forma independente.
A primeira startup a usufruir dos benefícios é a RetailApp, companhia americana especialista em tecnologias para o varejo. A empresa, baseada em Miami, possui uma plataforma desenhada para conectar toda uma organização por meio de indicadores de performance combinados com recursos de rede social. “A experiência tem nos mostrado que as alianças estratégicas e o trabalho em conjunto com outras companhias são o caminho para avançarmos mais rápido e na direção correta. Por isso, o iDEXO é a melhor expressão deste pensamento. Estamos muito contentes em sermos a primeira companhia eleita para este projeto”, ressalta Gonzalo Almada, CEO da RetailApp Inc.
ECOSSISTEMA GLOBAL
Uma das ações que permitirá ao instituto atingir os objetivos é a consultoria da Hyper Island, escola de inovação digital com foco no desenvolvimento do pensamento criativo, que vai trabalhar fortemente o mindset e cultura dos empreendedores selecionados. A aposta do iDEXO é que saiam dali negócios bem estruturados para o mercado consumidor global. “Acreditamos que criar espaços para acelerar a experimentação e o aprendizado pode gerar benefícios diretos e indiretos muito valiosos para o nosso ecossistema como um todo. Ficamos muito honrados de poder colaborar com esta iniciativa”, diz Nathalie Trutmann, Managing Director Latin America da Hyper Island.
Já para dar aos novos negócios suas primeiras conexões ao mercado, o instituto conta com a TOTVS, o Banco ABC e a Soluti. Assim como elas, qualquer organização do Brasil ou exterior pode se tornar uma associada do instituto e buscar solucionar ali dentro um problema de sua operação ou estar perto de oportunidades de disrupção. “Queremos criar um sólido programa de incentivo ao empreendedorismo no País, com a formação de profissionais preparados para adaptarem seus negócios a um mundo em constante mudança”, reforça Laércio Cosentino, CEO da Totvs, ao falar sobre a iniciativa de fundar o instituto, que funcionará de forma totalmente independente.
Reforçam ainda o time de parceiros outros nomes, como o Governo de Ontário, que apoiará na divulgação internacional do projeto e captação das startups, a Mobile Marketing Association (MMA) e a Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs). “As incubadoras de negócio são cruciais para a promoção de inovação e conexão entre os novos atores que serão responsáveis pelo futuro da economia”, afirma Todd Barrett, cônsul Comercial de Ontário no Brasil. Após essa fase inicial, as startups apoiadas contarão com o apoio da província no país para identificar oportunidades de negócio e internacionalização.