No mês de março, o Indicador Serasa Experian de Inadimplência de Pessoa Física apontou alta de 22,6%, na comparação com fevereiro último. A alta também é verificada nas variações acumulada e anual. No período de janeiro a março deste ano, a inadimplência das pessoas físicas cresceu 11,4%, na comparação com o mesmo acumulado de 2008. Já na relação março de 2009 sobre março de 2008, o crescimento verificado foi de 16,6%.
No primeiro trimestre de 2009, o ranking de representatividade da inadimplência dos consumidores foi liderado pelas dívidas com os bancos, com uma participação no indicador de 43,4%. Nos três primeiros meses do ano anterior, este percentual foi de 42,9%. A seguir aparecem as dívidas com cartões de crédito e financeiras, que no acumulado de janeiro a março deste ano, representaram 37,1% da inadimplência dos consumidores. Em 2008, no mesmo período, tal participação foi de 31,4%.
Na terceira colocação do ranking, os cheques sem fundos tiveram uma representatividade de 17,6% no primeiro trimestre de 2009, abaixo dos 23,4% analisados nos três primeiros meses do ano anterior. Fecham o ranking os títulos protestados, que de janeiro a março deste ano tiveram uma participação no indicador de 1,9%. No primeiro trimestre do ano anterior, esta representatividade foi de 2,3%.
Valor das dívidas – De janeiro a março de 2009, o valor médio das dívidas com cartões de crédito e financeiras foi de R$ 386,86, o que representou um recuo de 13,3%, ante o mesmo acumulado de 2008. Quanto às dívidas com os bancos, o valor médio registrado, até março de 2009, foi de R$ 1.357,47, com 1,5% de queda sobre os três primeiros meses do ano anterior.
Já os títulos protestados, apresentaram nos três primeiros meses de 2009 um valor médio de R$ 1.036,23, representando uma alta de 11,9%, na comparação com o acumulado de janeiro a março de 2008. Os cheques sem fundos, por sua vez, tiveram um valor médio de R$ 828,70 nos três primeiros meses de 2009, o que significou 31,2% de elevação, na variação com o primeiro trimestre de 2008.
Análise – Para os técnicos da Serasa Experian, a menor atividade econômica e o desemprego localizado em alguns setores promoveram o crescimento da inadimplência em março e no 1º trimestre deste ano. As comparações com equivalentes períodos de 2008, quando a economia estava em pleno crescimento, tornam as variações resultantes mais significativas. A alta na relação mensal, março/fevereiro, de 22,6%, decorre também do efeito calendário, com menor número de dias úteis verificados no segundo mês do ano, sendo caracterizado como uma base menor frente a março, que passa a ser mais representativo.