O consumo online é uma tendência que veio para ficar. Impulsionado pela inclusão digital, o e-commerce cresce a cada ano – 39,1 milhões de consumidores virtuais realizaram pelo menos uma compra em 2015, volume 3% maior que em 2014, de acordo com o e-bit. Um dos fatores que contribui para a adoção do e-commerce foi o aumento na utilização de celulares. Segundo pesquisa do Panorama Mobile Time/Opinion Box, em setembro de 2015 os “consumidores móveis” representavam 41% do total de internautas brasileiros com smartphones. Em março deste ano, a proporção subiu para 61,8%, um salto de 21 pontos percentuais em apenas seis meses.
A Dafiti aponta que 40% de seu tráfego já é realizado via site responsivo e aplicativo. “Investimos na experiência do consumidor via mobile desde nossa abertura, em 2011. Sabemos do potencial desta plataforma porque nosso aplicativo já foi baixado mais de 3 milhões de vezes”, afirma Malte Huffmann, sócio fundador da Dafiti. A empresa investe em tecnologia para oferecer aos seus clientes mais segurança na hora das compras e garantir que eles tenham a melhor experiência durante a transação. A empresa também possui uma equipe interna de relacionamento com o cliente que garante o melhor atendimento em todos seus canais de comunicação.
Para Ricardo Gorski, country manager da Interactive Intelligence, com a hiperconectividade dos consumidores, cada vez mais as empresas devem investir em ferramentas que facilitem o relacionamento e ajudem a fidelizar seu público-alvo. “Além da inclusão digital, um dos maiores benefícios da internet é a computação em nuvem. Ela permite que as organizações centralizem as informações de seus consumidores, desenvolvam canais de comunicação adequados – que atendam às exigências de interações dos clientes – e diminuam pontos de atrito ao mesmo tempo em que aumentam a eficácia operacional”, explica.
Outro benefício da centralização de dados é o aumento da segurança digital dos consumidores, já que eles não precisam fornecer seus dados inúmeras vezes. Hoje em dia, as pessoas são acostumadas a trocar informações e acessar conteúdos instantaneamente, e podem facilmente ser vítimas de cibercrimes. De acordo com a Norton, 44 milhões de brasileiros foram vítimas de ataques virtuais no ano passado, e mesmo sabendo que correm riscos, as pessoas não adotam medidas proativas de segurança. “Algumas precauções são muito simples, como checar se o site é seguro e possui o ícone de cadeado na barra de navegação, ter muita prudência ao fornecer dados pessoais em janelas pop-up ou durante contato com empresas e só revelar senhas de cartão quando for realmente necessário”, explica Nelson Barbosa, especialista em segurança da Norton.
De acordo com o E-bit, o e-commerce deve atingir R$ 2,3 bilhões em vendas em 2016. Com o cenário de crise econômica e desemprego, o ambiente virtual torna-se mais atrativo pela oferta de bons negócios para o consumidor. Por isso, cada vez mais as pessoas disponibilizarão suas informações online e as empresas precisam ficar atentas e investir em novas tecnologias para proteger os seus dados e de seus clientes. Ao mesmo tempo, cabe ao consumidor ficar atento a promoções falsas, vírus e outras armadilhas virtuais que podem ser evitadas com simples mudanças comportamentais e medidas de segurança.