O Instagram tem se consolidado como uma plataforma de comunicação do público com as celebridades. Pelo menos é o que mostra o estudo #MS360FAAP, desenvolvido trimestralmente pelo Núcleo de Inovação em Mídia Digital da Faculdade Armando Alvares Penteado (FAAP) e o Socialbakers. A pesquisa analisa os 100 perfis brasileiros com mais interações nas plataformas de redes sociais, considerando celebridades e marcas. Nesta nova edição, revela um crescimento de 80% no volume médio de seguidores de celebridades no Instagram, na comparação entre o segundo trimestre deste ano e o mesmo período de 2018. Nos meses de abril, maio e junho do ano passado, as celebridades possuíam, em média, 5.497.600 seguidores no Instagram. A análise do mesmo período de 2019 mostra que esse número subiu para 9.851.696.
Mas não foram só as celebridades que tiveram crescimento no Instagram. Juntas, as 100 primeiras marcas com mais interação na plataforma saltaram de uma média de 1.199.516 seguidores, de abril a junho de 2018, para 1.742.355, no mesmo período de 2019, o que representa um crescimento de 45%. Para o professor Thiago Costa, pesquisador do NiMD e coordenador da pós-graduação em Comunicação e Marketing Digital da FAAP, o Instagram está cada vez mais popular, ganhando o interesse daqueles que ainda não estavam habituados ao seu uso. “É possível dizer que isso é decorrente do interesse do público em acompanhar a rotina pessoal e profissional das celebridades, levando muita gente a querer ter um perfil no Instagram. Uma vez dentro da plataforma, além dos seus ídolos, o usuário segue também amigos, familiares e marcas de interesse”, explica.
No mesmo período analisado pelo estudo #MS360FAAP, o Facebook teve aumento de 3,5% no segmento de páginas classificadas como “Marcas/Institucional”, que saiu de uma média de 2.996.034 fãs no segundo trimestre de 2018, para 3.100.941 em 2019. No Twitter, a categoria “Marcas” perdeu seguidores. A média em 2018 era de 333.980 fãs e no segundo trimestre de 2019 caiu para 324.808. O professor Adriano Cerullo, coordenador da pós-graduação em Branded Content & Entertainment da FAAP, entende que há, cada vez mais, uma divisão na cabeça das pessoas sobre qual a função de cada rede.
“Enquanto o Instagram transmite uma ideia de relacionamento próximo e direto, seja de empresas ou de pessoas, por meio das fotos e também dos stories, o Facebook e o Twitter têm sido vistos como plataformas para compartilhamento de notícias e como SAC para os consumidores”, explica. Segundo ele, em um momento de extrema espetacularização da vida privada, é natural que a plataforma de fotos se sobressaia em relação às outras.