A Páscoa 2016 não vai ser de ovo de chocolate para todo mundo. Entre os consumidores brasileiros, 52% pretendem presentear alguém neste feriado – o que quer dizer que 48% estão preferindo poupar. Ainda assim, seis em cada 10 pessoas pretendem se reunir com a família para a ceia de Páscoa. Os resultados fazem parte de um novo estudo da Hello Research, que entrevistou, em fevereiro, mais de 1200 brasileiros.
Para Davi Bertoncello, CEO da Hello, o número não deve ser encarado com pessimismo. “Esta é a primeira vez que medimos a intenção de compras de presentes na véspera da Páscoa e ela está bem próxima da intenção de compras de Natal que medimos no fim do ano passado, quando 59% da população estava pretendendo comprar algum presente. A crise econômica só se agravou de lá para cá e, se ainda há metade da população declarando espontaneamente que vai comprar lembrancinhas de Páscoa, o mercado já pode comemorar. Ainda teremos muita gente fazendo compra por impulso, o que certamente garante vendas ainda mais aquecidas para o período.”
Observando o resultado pelas diferentes faixas etárias, a pesquisa aponta quais são os públicos que estão mais interessados na compra: 61% das pessoas de 25 a 34 anos; 59% das pessoas de 35 a 44 anos; e 53% dos jovens de 16 a 24 anos. Apenas 38% dos entrevistados com mais de 60 anos vão comprar algum item e para quem tem de 45 a 59 anos, essa intenção sobe para 43%.
Tipo
Entre aqueles que pretendem comprar algum presente nessa Páscoa, 80% vão atrás dos tradicionais ovos de chocolate. Outros 28% lembraram-se dos bombons ou barras de chocolate. Cestas de Páscoa, bichos de pelúcia ou outros tipos de presentes foram, cada um, citados por 2% dos consumidores. Pouca gente declarou que compraria a colomba pascal como um presente, nem chegando a 1% das menções. Apenas 2% ainda não decidiram o que querem comprar.
Quantidade
Metade das pessoas ficará entre a compra de um ou dois itens, já que cada quantia teve 24% de declaração neste estudo. Compra de três itens é intenção de 19%, 13% quatro e 17% comprarão cinco itens ou mais. Ainda não decidiram a quantidade certa de itens 3% dos compradores.
Ticket
Os gastos também serão variados. Boa parte dos consumidores (39%) disseram que vão gastar no máximo R$ 50 com as compras. Outros 32% vão gastar de R$ 51 a R$100. Já 16% de R$ 101 a R$ 200 reais e 6% mais que R$ 201 reais. Sendo que 7% ainda não sabem quanto vai sobrar do orçamento do mês para a compra dos ovos.
Presenteados
Filhos serão os mais lembrados na Páscoa, sendo os presenteados de 51% dos compradores. Além disso, 43% vão presentear familiares, 32% o companheiro ou companheira, 17% a mãe, 6% o pai, 4% amigos e apenas 1% não sabiam exatamente para quem conseguiriam comprar lembranças nessa páscoa. O estudo também perguntou se os consumidores comprariam presentes para colegas, mas o índice não chegou a 1%. Apenas 9% dos entrevistados em geral disseram que vão participar de rodadas de amigo secreto de Páscoa.
PDV
O supermercado será o ponto de venda mais procurado da Páscoa, sendo a escolha de 81%. As marcas especializadas em chocolate também são opção de compra para 11% dos consumidores. As lojas de fábrica são opção para 3% e os produtores artesanais de 2%. Outros 5% ainda não sabem onde vão comprar e 3% disseram que comprariam em outro tipo de comércio. E é no Sudeste aparece como a região onde o supermercado vai abocanhar a menor parcela dos consumidores, ainda que a grande maioria: 77%. O Norte é o mais dependente deste ponto de venda e 97% das pessoas vão recorrer ao mercado. No Nordeste as lojas especializadas estão chamando mais atenção e tiveram 21% das menções dos consumidores, o dobro da média.
O bacalhau vai estar na mesa da ceia de 35% dos brasileiros e no caso dos nordestinos chega a 40%. Os nordestinos também são os que menos se permitem comer carne durante a Sexta-feira Santa. Dos moradores dessa região, 76% vão seguir a indicação religiosa de evitar carne, enquanto a média nacional ficou em 55%. Os moradores do Sudeste são os menos ligam para esta tradição, já que somente 43% deles vão evitar a ingestão de carne.