Interação personalizada

Desde que os smartphones chegaram à vida das pessoas, interagir com uma pessoa ao vivo enquanto mexe no celular é visto como falta de educação. Imagina então isso acontecendo numa loja, com o vendedor mexendo no celular, mesmo com a presença de clientes. Entretanto, quando falamos do setor de varejo e o avanço da Internet das Coisas, essa cena já pode significar outra coisa, completamente diferente. Por muito tempo os lojistas ficaram no escuro sobre como interagir com os clientes diante de tantas mudanças causadas pelo e-commerce. Se por um lado a tecnologia ressignificou a relação entre varejistas e consumidores, por outro ela ofereceu a solução agora.
Mas será que as empresas estão prontas para essas mudanças? “Percebemos que todos os varejistas têm demonstrado interesse pela IoT, feito perguntas e consultado sobre as possibilidades e funcionalidades, pois estas tecnologias são essenciais para as operações de omnichannel e também para o Varejo 2.0, o ambiente no qual a transformação digital está mudando a forma de atuar do varejo atual”, conta Vanderlei Ferreira, gerente geral da Zebra Technologies Brasil, destacando que a última edição do estudo sobre varejo da Zebra mostrou que 77% dos varejistas planejam investir em IoT até 2021. “Além disso, 93% dos varejistas qualifica a big data como um fator crítico para o setor e 83% planejam mudar suas cadeias de fornecimento com soluções de visibilidade em tempo real”, completa.
Ou seja, o País ainda está engatinhando nessa questão, mas o interesse pela mudança e a vontade em investir por parte dos varejistas é visível, indicando que, em breve, podemos esperar um setor mais amadurecido diante das necessidades do cliente, utilizando a tecnologia a seu favor. “Ainda estamos começando nesse processo, mas notando que a adoção dos principais conceitos é crescente.” O executivo indica ainda que os principais varejistas já estão promovendo esse início de transformação com investimentos pesados na divulgação dos aplicativos de interação com o cliente. “Podemos ver grandes marcas fazendo comerciais em TV e na Internet para que os clientes façam uso frequente desses aplicativos e comecem a ter uma experiência digital. Conforme essa adoção for aumentando, a implementação das demais tecnologias se justifica mais rapidamente”, comenta Ferreira.
Assim, não é preciso que varejistas iniciem uma corrida desenfreada, sem pesquisa ou preparação, já que segurança, infraestrutura e valor são desafios reais a serem enfrentados. “As expectativas são as melhores possíveis. Navegação virtual dentro de lojas, realidade virtual, realidade virtual associada a dispositivos vestíveis e integração entre a casa do cliente e as redes varejistas são algumas das soluções que esperamos para o futuro próximo. Os varejistas que identificarem primeiro os benéficos que a IoT vai trazer para o relacionamento com o cliente e iniciarem o quanto antes a adoção das tecnologias que permitem estes ganhos, estarão a muitos passos digitais à frente dos concorrentes”, conclui o gerente.

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