Henrique Weaver, CEO e cofundador da Pagaleve

Jornada fluida e rápida com novo meio de pagamento

CEO e cofundador da Pagaleve descreve a criação da fintech que oferece a opção do Pix parcelado

A propensão do brasileiro pelo parcelamento dos pagamentos no varejo físico ou on-line ganhou, nos últimos anos, um aliado que vem caindo nas graças do consumidor. Em 2023, o BNPL (buy now, pay later), modalidade de parcelamento sem cartão, foi a que teve maior crescimento entre todos os meios de pagamento analisados, em pesquisa realizada pela GMattos. Outra prova disso é o crescimento da Pagaleve, fintech criada justamente para preencher a lacuna deixada pelos cartões de créditos nos parcelamentos, ao ferecer uma jornada mais fluida, leve e rápida para o consumidor fazer o pagamento por meio do Pix parcelado. Fundada há apenas três anos, ela já está presente em sete mil varejistas, de quatro mil cidades brasileiras. E a projeção é de crescer ainda mais, conforme assegurou, hoje (19), Henrique Weaver, CEO e cofundador da Pagaleve, ao participar da 935ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.

De início, Henrique contou que a Pagaleve é fruto da junção de sua experiência como executivo ligado ao mercado, inclusive como ex-diretor da Uber, e de seu sócio, o australiano Michael Greer, que teve grande vivência no mercado de meios de pagamentos e fez parte do time que fundou a Zip. Eles notaram a propensão do brasileiro pelo pagamento parcelado, para conseguir fazer as compras, porém tendo como única opção o cartão de crédito e o crediário, sendo que esse último é oferecido por grandes e poucas redes, mas não pela massa do varejo. “Além disso, se aprova pouco crédito, além de ser complexo o processo, dificultando a jornada do cliente, que cada vez quer mais rapidez e fluidez. Então, pensamos em construir uma forma de parcelamento que fosse altamente escalável e não dependesse de cartão de crédito.”

Dessa forma, atenderam três tipos de consumidores: os desprovidos de cartão de crédito, que representa mais de um terço da população adulta brasileira; os que possuem cartão, mas com limite mais baixo do que o poder de compra; e os que não gostam de usar o cartão de crédito. Citou, neste caso, uma pesquisa segundo a qual 70% das pessoas da geração Z têm aversão a esse meio de pagamento. “Estruturamos um negócio no qual temos relacionamento tanto com os varejistas quanto com os consumidores. Junto ao varejo temos APIs construídas e dedicadas com 30 das maiores plataformas de e-commerce, cobrindo 98% dos varejistas no Brasil, e aos consumidores oferecemos o crédito parcelado. Assim, atendemos aqueles três grupos de clientes citados e injetamos mais dinheiro no negócio dos varejistas.”

Indagado sobre o crescimento do BNPL no último ano, ele disse que é justamente por estar alcançando a demanda reprimida, pessoas que não conseguiam parcelar os pagamentos. “Na Pagaleve, há também o efeito do crescimento exponencial do Pix, a forma como usamos para esse parcelamento. Fator que explica um levantamento que mostra que o cartão de crédito, que sempre crescia a uma base de 27% ao ano, de 2023 para 2024 a projeção é de que não passe dos 10%. Esse é um momento sem precedentes e que já indica as mudanças que ainda vem pela frente.”

Ele explicou ainda que a Pagaleve trabalha com dois produtos de Pix parcelado: um quinzenal, sem juros, e o outro, mais alongado, para pagamento em seis meses, com juros abaixo do praticado no mercado. “Outra vantagem que oferecemos é que a taxa cobrada por atraso de pagamento fica congelada, ao invés de subir mensalmente, não causando, portanto, o efeito ‘bola de neve’ que tanto assusta os consumidores.” De acordo com o CEO, o modelo está gerando tanto engajamento e recorrência por parte dos consumidores, que a previsão de ter, nesses primeiros três anos de existência, mil marcas varejistas em carteira, se elevou para sete mil na prática. “Um dos motivos para esse crescimento surpreendente, além dos ganhos comprovados para os varejistas, foi a aceitação do pagamento quinzenal, que tem aprovado mais de 60% dos créditos.”

Houve tempo para Henrique contar que, desses sete mil clientes, cerca de 300 são lojas físicas, de todos os perfis, enquanto a maioria está no e-commerce, também de todos os tamanhos. Depois de explicar como funciona o uso do Pix parcelado, tanto nos ambientes físicos quanto no digital, ele falou ainda das pesquisas e dos testes feitos até chegar à atual jornada de pagamento e revelou como funciona o motor de aprovação de crédito – “o mais sofisticado existente no mercado hoje” – que diminui o risco, garantindo a sustentabilidade da fintech, entre outros temas.

O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 934  lives realizadas desde março de 2020, em um acervo que já passa de 2,8 mil vídeos sobre cultura cliente. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA terá sequência amanhã (20), recebendo Juliana Napolitano, gerente de marketing da Linea Alimentos, que abordará a nova fase com a diversificação do consumidor; e, encerrando a semana, o Sextou debate o tema “Drex: O potencial de inovação na jornada financeira”, reunindo Eliseu Tudisco, sócio da PwC Brasil, Fabrício Souza, gerente de engenharia de software na Efí, João Gianvecchio, head de digital assets do banco BV, e Luiz Fernando Lopes, gerente de produtos digitais na TecBan.

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