A preocupação com o cenário de crise econômica levou 83% dos brasileiros a reduzirem ou considerarem formas de reduzirem gastos. O lazer é o segundo item com maior probabilidade de redução no orçamento, apontado por 27% do público. Perdendo apenas para a economia feita com despesas fixas como luz, telefone e água, que mobilizou 39% das pessoas. As conclusões são da pesquisa “Lazer real versus lazer digital: qual sofre mais com o mindset de corte de gastos?” realizada pela Bridge Research.
A ida a bares é a forma de entretenimento mais afetada pela pretensão de redução, mencionada por 73% dos entrevistados. Programas como baladas (70%), restaurantes (69%) e shows (64%) aparecem na sequência. Na média, a classe C se mostra mais propensa a restringir essas opções de lazer.
Digital blindado
Seguindo caminho oposto, os serviços de lazer digital parecem estar menos vulneráveis aos possíveis cortes dos consumidores. Entre as opções digitais nas quais os brasileiros não conseguem viver sem estão: banda larga, indicada por 83% da amostra, e a TV por assinatura (44%). Ambos são também os mais protegidos de redução nas classes B e C. No caso da classe A, o Spotify ocupa a segunda posição entre os serviços que este público não consegue viver sem, com 71%. Ficando atrás somente da banda larga, fundamental para 84% dessa classe.
Os gastos com o lazer no mundo real chegam a atingir 69% do orçamento destinado a entretenimento. Significativamente maior que os 31% investidos em diversão digital. Porém, segundo 72% dos entrevistados é mais fácil abrir mão das despesas de lazer no mundo real em relação ao digital. No total, apenas 28% enxugariam primeiro os custos no ambiente digital. Na divisão por classes sociais, a maior facilidade de eliminar gastos no entretenimento real foi sinalizada pela classe B, englobando 81% deste público. A classe C com 32% de seu universo lidera a diminuição na diversão digital.
Baixo uso de serviços que ajudam a economizar
Apesar do cenário de restrição financeira, a utilização de aplicativos, sites ou ferramentas que auxiliem o consumidor a economizar é baixa. Apenas 11% buscam explorar essas alternativas. Na classe C, esse percentual é ainda menor, atingindo 8%, bem abaixo das classes A, com 19%, e B chegando a 18%.