Leilão de 3G deve arrecadar R$ 5,3 bilhões



O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ronaldo Sardenberg, estimou em R$ 5,3 bilhões a arrecadação final do leilão de telefonia celular de terceira geração (3G), que começou na terça-feira (18/12) e deve terminar hoje (20/12). A soma dos preços mínimos fixados pela agência é de R$ 2,8 bilhões.
Estão sendo escolhidas quatro operadoras para cada região do pais e deverão ser cobertos cerca de 1.800 municípios que não têm ainda os serviços de telefonia celular. Com isso, a previsão de Ronaldo é de que a competição que se estabelecerá entre as maiores operadoras de telefonia (Tim, Oi, Claro e Vivo) vai possibilitar preços mais baixos das ligações para o consumidor. Entretanto, o presidente da Anatel não quis arriscar palpite sobre o percentual de queda nesse custo, em conseqüência da concorrência que vai se estabelecer.


Ronaldo também procurou minimizar a diferença substancial entre os preços oferecidos ontem pelas operadoras e os do primeiro dia do leilão, quando os ágios chegaram a ultrapassar 200% do preço mínimo previsto. “As empresas são inteligentes e aprenderam a lição de ontem, aplicando hoje o que aprenderam, procurando comprar as bandas de freqüência por preços menores”, ressaltou.


Ele disse que não acredita em “conchavo” entre as empresas telefônicas que, segundo se comentou, teriam combinado oferecer preços mais baixos (entre 50% e 60% de ágio) no segundo dia de leilão. “Não senti que tenha havido combinação. Se, no entanto, perceber que houve alguma coisa assim, como presidente da agência, obviamente tomarei alguma atitude”, afirmou. O fato dos lotes de freqüências leiloados hoje envolverem a obrigatoriedade de as empresas prestarem serviços em regiões mais pobres, na mesma banda, para ele, pode ser uma das razões da queda nos preços oferecidos.


Nesse caso, as operadoras terão que fazer investimentos maiores e, por isso, ofereceram preço mais baixo pelas bandas. Ronaldo lembrou que os preços mínimos estavam fixados desde o dia 11 e foram colocados na mesa, na hora em que o leilão começou “Não houve nada diferente do que foi entregue”, destacou. O presidente da Anatel também não acredita que a queda no ágio tenha sido provocada pelo anúncio feito ontem pelo leiloeiro, no início da disputa, de que a Anatel dispõe ainda da Banda H, que poderá ser licitada no primeiro semestre de 2008. Ele disse que a agência já tinha divulgado isso há muito tempo e venderá essas licenças tão logo receba manifestação de empresas interessadas na exploração.

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