Como o comércio de um modo geral sabe, as vendas em épocas natalinas equivalem em até quatro vezes a média de vendas dos outros meses do ano. Ou seja, as vendas nas lojas acontecem de uma forma ou de outra, sem muito esforço dos donos dos estabelecimentos. Todo mundo, indiferente de sua classe social e condições financeiras, compra um presente para alguém nessa época do ano.
Além desse período, o mês de janeiro é outro período de intenso movimento, pois além das (possíveis) trocas de presentes recebidos em dezembro, existem as famosas liquidações.
Com o quadro acima, vocês devem estar se perguntando: os donos das empresas devem se preparar para essa época do ano e aumento natural da demanda, certo? Errado.
Por motivos que até hoje desconhecemos, esses empresários não se preocupam em fidelizar os seus clientes nessa (e às vezes em outra) época do ano, aproveitando a presença (por inércia até) dos mesmos em suas respectivas lojas.
Lembrando: Esse cliente poderá retornar em datas como Dias das Mães, dos Pais, dos Namorados … das Crianças … e até mesmo em aniversários de seus parentes, amigos … namoradas … etc.
Se esses clientes forem bem atendidos, se tiverem um tratamento adequado, uma empatia com o vendedor (que mesmo sabendo que ao sair um cliente, outro entrará) e com a simpatia dos profissionais que ficam no caixa, com certeza o ciclo acima será refeito.
E o marketing direto com isso? Simples, se os vendedores das lojas perguntarem aos seus clientes se estes moram na região, se eles têm filhos, qual são suas profissões etc, vão criar uma proximidade com esses clientes com mais reciprocidade e vão, com certeza, fazer com que suas próximas abordagens sejam feitas com muito mais eficácia.
Se interagir bem com o cliente criando uma relação de confiança (diferente de alguns profissionais que ainda acreditam na famosa “empurra-terapia”), o vendedor poderá enviar um e-mail marketing, um SMS ou até mesmo uma mala direta, informando para a sua carteira de clientes que a loja está com promoções imperdíveis, ou com novos produtos, ou até mesmo que abriu uma nova filial (e que esta é perto da onde o cliente trabalha).
Porém, uma ação de marketing direto é construída com iniciativas construtivas desde o primeiro contato com esse cliente, e não com ações mirabolantes, custosas, de “grande” impacto e criadas por empresários que vêem a concorrência vender cada vez mais.
As ações do dia a dia, tais como o cadastramento das pessoas corretamente, um simples sorriso, a simpatia no primeiro contato, a fidelização e principalmente o treinamento do material humano, são atitudes muito mais simples, mais baratas e que terão muito mais impacto no longo prazo.
Criar ações mais diretas, mais focadas, mais segmentadas com quem realmente vai comprar os seus produtos, são recursos melhores do que fazer uma propaganda para todo mundo ver. Não é “todo mundo” que é ou pode se tornar seu cliente.
Não precisamos ter MBA, pós-graduações e experiências para ter uma relação direta e eficaz com os nossos clientes. Se fizermos bem feito, nós estaremos fazendo um marketing direto que dará inveja aos melhores profissionais do mercado.
Douglas Carvalho é gerente de contas da ZipCode