*João Gonçalves Filho (Bosco)
A partir da globalização de mercados, no mundo hodierno, com a internet, as pessoas passaram a comunicar-se mais e rápidamente, mercê deste novo instrumento poderoso de comunicação eletrônica, sobretudo, com ações mais personalizadas de ” marketing one to one “, ou seja, comunicação entre pessoas, foram estabelecidas. O grande problema é que hoje muitas delas constituem-se em processo de ” spam “, isto é, mensagens indesejosas.
Com este relacionamento digital identificado pela mídia de internet, as pessoas criaram novas e múltiplas formas de se relacionarem, de falar, trabalhar, pesquisar, divertir-se, ler e assistir às mais diversas e múltiplas mídias e, consequentemente, a uma nova maneira como recebem e vêem a propaganda. Até então, toda a estrutura de comunicação era, essencialmente, de massa e de envio para um consumidor passivo.
A chegada da internet passou-se a ter uma verdadeira revolução, antítese, desta realidade, definindo-se por interação, pedindo ações personalizadas de marketing entre pessoas. Nenhum outro meio de comunicação provocou tanta revolução cultural, a qual obriga as empresas a reinventarem a forma nova de comunicação, se quiserem usufruir com eficiência deste moderno e poderoso canal de comunicação, que promete, segundo estudiosos de marketing, a curto prazo, investimentos baixos e, certamente, de uma garantia de retorno para o sucesso da empresa competitiva e lucrativa do atual mercado.
A partir da mídia feita pela internet, nasceu o chamado ” marketing de permissão “. Diferentemente, da mídia de televisão e de outras alternativas, através da internet o consumidor ( internauta ) pode interagir, criticar, elogiar, solicitar informações adicionais ou, até mesmo, divulgar ao mesmo tempo um estímulo que esteja recebendo.
De acordo com o professor Gil Giardelli, vice presidente da Empresa Novos Negócios, o consumidor chamado de ” pontocom ” trabalha mais de oito horas por dia, lê mais de quatro revistas por mês, se tem alguma atividade acadêmica. Entre os usuários da internet, os 10% mais ricos vêem menos televisão e navegam por mais horas no computador. Segundo, ainda, Giardelli e pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP), alguém que mora em São Paulo recebe mais de 1.100 estímulos de publicidade por dia. Ocupado e, sobretudo, bombardeado fortemente com mensagens publicitárias indesejadas, sem ética, sem conteúdo de verdade e até mesmo enganosa, o consumidor está procurando defender-se delas. Aí reside a relevância e a real técnica do marketing de comunicação pela internet.
Afinal de contas, qual a verdadeira arma de marketing pela internet ? A regra básica de marketing diz que se deve encantar o cliente com abordagens que aumentem o valor percebido dos produtos, oferecendo-lhes uma experiência agradável de compra. Já, pela internet, o maior desafio é comunicar-se de forma amigável. Mercê a facilidade desta interação com o consumidor, a internet gera um diálogo e um relacionamento de marca com o seu público-alvo. Em suma, a tecnologia da internet permite trabalhar marcas de uma forma absolutamente nova. O grande desafio do marketing desenvolvido pela internet é despertar no cliente/internauta um excelente relacionamento, desde que o mesmo esteja querendo conhecer mais a sua empresa e o seu produto – afirma Giardelli.
(*) João Gonçalves Filho (Bosco) é Administrador de Consórcio, [email protected]