Segundo levantamento da Abecs, Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços, o faturamento dos cartões de crédito, débito e de rede/loja no Brasil registrou alta de 26% no segundo trimestre de 2011, em comparação ao mesmo período do ano passado. O incentivo à maior competitividade e a entrada de novos players no mercado, provocados pela quebra de exclusividade entre bandeiras e credenciadoras, ajudaram a impulsionar o crescimento. O bom momento da economia nacional, com a baixa taxa de desemprego e o aumento da oferta de crédito, também estimulou o resultado acima da média, que totalizou R$ 158,9 bilhões.
Para Claudio Yamaguti, presidente da Abecs, os números superam as expectativas do mercado, mas estão de acordo com o momento atual da indústria. “Já imaginávamos que a abertura da atividade de adquirência provocaria um aquecimento no setor e aumentaria a busca por credenciamento no varejo, o que consequentemente gera maior uso dos cartões”, afirma. Além disso, há grande influência do aumento do poder aquisitivo do brasileiro e do maior acesso da população das classes C, D e E aos serviços financeiros.
Quando avaliadas separadamente, as modalidades de cartão registraram os seguintes valores de faturamento: R$ 92,5 bilhões em cartões de crédito, com crescimento de 25%; R$ 46,1 bilhões em cartões de débito, com alta de 28%; e R$ 20,3 bilhões em cartões de rede/loja, 29% a mais do que o registrado no segundo trimestre de 2010. O número total de transações foi de 1,99 bilhão, aumento de 20%. Nesse quesito, o crescimento por modalidade foi de 18% em cartões de crédito, 22% em cartões de débito e 20%* em cartões de rede/loja, totalizando, respectivamente, 834,2 milhões, 805,5 milhões e 356,1 milhões de transações.
Quanto ao número total de plásticos em circulação no Brasil, o final do segundo trimestre registrou 657,2 milhões de unidades, crescimento de 10% em relação ao mesmo período do ano passado. As quantidades por modalidade e os respectivos crescimentos foram de: 162,3 milhões (12%) de cartões de crédito, 257,9 milhões (7%) de cartões de débito e 237 milhões (12%) de cartões de rede/loja. Houve também leve incremento no tíquete médio das operações, de 6%. O valor médio das compras com cartões de crédito continua maior, com R$ 111, contra R$ 57 tanto dos cartões de débito quanto dos cartões de rede/loja.
Outro fator que continua contribuindo para o crescimento do faturamento de cartões de crédito é o aumento dos gastos dos brasileiros no exterior. O valor total de compras feitas com esse meio de pagamento em outros países foi de R$ 4,9 bilhões no segundo trimestre do ano, o que representa um crescimento de 22% ante o mesmo período de 2010. O resultado pode ser atribuído à valorização da moeda nacional em relação ao dólar e ao aumento do poder aquisitivo do brasileiro.