Quando a Internet surgiu no Brasil muito se deduzia sobre o mundo de oportunidades que poderia trazer. Isso realmente aconteceu. Depois, com a chegada do e-commerce, começou-se a falar sobre uma nova forma de consumir. Hoje, as lojas online já fazem parte do nosso dia a dia e vêm crescendo mais e mais. Agora, no entanto, um novo comportamento vem se disseminando: o uso do mobile. Já não é de hoje que os celulares ultrapassaram a função de serem apenas telefones móveis. Uma realidade, em parte, impulsionada pela geração Y.
Também conhecidos como Millennials, esse público representa a parcela da população nascida entre 1980 a 1990. Segundo a gerente e pesquisa de mercado do Yahoo, Christina Choy, não se pode falar dessa geração sem mencionar o mobile. Isso, porque, de acordo com a pesquisa Mobile Insights, realizada pela própria Yahoo, descobriu-se que os Millennials com idade entre 18 a 24 e 13 a 17 anos lideram o engajamento de aplicativos no Brasil. “Descreveria essa geração como muito engajados no ambiente mobile e também como sendo a primeira geração mobile”, afirma.
Mas quem são os Millennials brasileiros? Neste ano, eles já vão representar 44% da população economicamente ativa no País, podendo corresponder por R$ 268 bilhões no poder de compra. Ou seja, é uma parcela significativa para as empresas. Não por menos as marcas já estão estudando formas de se adaptarem a esse nicho no mercado. “Os Millennials estão usando vários dispositivos, particularmente os móveis, para reunir informações sobre tudo, incluindo informações sobre uma organização ou seu produto”, comenta Christina. Sendo assim, se quiser ser relevante no mercado, o negócio precisará entender muito bem os novo hábitos de consumo.
Outro estudo, realizado pela comScore, apontou que três em cada quatro Millennials brasileiros acessam a internet via múltiplas plataformas ou apenas mobile. “No mercado dos EUA, também lidera esse comportamento multitarefa em todas as combinações possíveis”, aponta a gerente, mostrando que essa é uma tendência dessa geração. “A geração Y está procurando experiências mais personalizadas que se alinham aos seus comportamentos e interesses. Se uma marca não está focada em fornecer experiências móveis, ela vai perder uma parte enorme de tempo e engajamento com esse público”, aconselha.
Da mesma forma, é interessante conhecer os assuntos que interessam esse público, até para fornecer conteúdos que sejam relevantes e conseguir, assim, seu engajamento. Por exemplo, essa geração está mais propensa a ser engajada por aplicativos de lifestyle e shopping. “Esses indivíduos estão numa fase em que começam a ter sua própria renda e, em geral, estão comprando mais. Esse aumento relativo de interação com os apps mostra o quão de perto o comportamento mobile reflete no comportamento geral. E, mais importante, destaca uma enorme oportunidade e espaço para as marcas interagirem com eles”, define Christina.