A importância de cada canal de venda varia bastante entre os clientes brasileiros. Em 2014, o varejo tradicional foi o que teve mais participação entre os canais, com 30%, à frente dos supermercados independentes (26%) e das grandes redes (24%). O atacarejo ficou em 4º lugar, com 6%, seguido do porta a porta (5%), hipermercados (4%), farmácias (3%) e mercados de vizinhança (2%). Os dados pertencem à Kantar Worldpanel e foram apresentados pela gerente de shopper & retail insight, Flávia Amado, durante a Feira Apas 2015.
A grande mudança de comportamento, quando analisados os dados em comparação com 2011, por exemplo, foi o grande crescimento dos supermercados de redes e também do varejo tradicional, que ganhou força em detrimento das pequenas redes e a ascensão do atacarejo, que ganhou representatividade em relação aos hipermercados. Além disso, o fator proximidade foi o que mais impactou na hora da escolha do canal de compra pelo consumidor (66%), em seguida as ofertas e promoções foram o segundo motivo, com 62%. Mais abaixo ficou a limpeza e organização do canal (45%), oferecer bons preços sempre (43%), produtos de qualidade (39%), confiança (37%), entre outros.
“Nos últimos meses temos observado um novo cenário, onde o consumidor vai menos vezes ao ponto de venda e com isso o varejo registra um fluxo menor, fazendo com que cada momento de compra seja muito importante para a conversão do shopper”, observa Flávia. De acordo com a pesquisa apresentada, 44% dos compradores têm perfil de experimentador, querem provar os produtos antes da compra. Outros 74% gostam de promoções e ofertas, 66% querem receber informações sobre os produtos que estão comprando e 42% estão constantemente em busca de novidades.
As preferências regionais na hora de priorizar as compras em um canal mudam bastante. O público da região Nordeste, por exemplo, prefere o varejo tradicional, enquanto o consumidor do Sul prioriza os supermercados de rede, assim como o interior de São Paulo, interior e grande Rio de Janeiro, o Leste e o Centro-Oeste do país. Já a região da grande São Paulo prefere os supermercados independentes.