Agradecer o cliente, de forma especial, prestando uma homenagem. Foi com essa ideia na cabeça que o consultor João Carlos Rego decidiu criar o Dia do Cliente, em 2003. “Pensei numa forma das empresas estreitarem e fortalecerem suas relações comerciais, além de estimular ações de capacitação para serviços de melhor qualidade”, conta. Ele revela que a proposta era ter um dia para promoções, campanhas especiais de venda, decorações, degustações, distribuição de brindes e tudo mais que se possa fazer para reverenciar o cliente.
Em seu décimo ano, o Dia do Cliente já integra o Calendário Oficial de Eventos de oito estados, de 15 capitais estaduais e mais de 170 cidades, cobrindo todas as regiões do Brasil, além de fazer parte das ações de marketing de diversas empresas. “Levando-se em consideração que construí tudo sozinho, sem apoios e patrocínios, creio ter conquistado uma grande vitória, apesar do Dia do Cliente ainda estar distante de atingir seu enorme potencial de marketing”, comenta João Carlos, que em entrevista exclusiva ao portal ClienteSA fala sobre a criação da data, sua importância, além de fazer um balanço.
ClienteSA – Por que o Sr. decidiu criar o Dia do Cliente?
João Carlos Rego: Tive a ideia em fevereiro de 2003, quando consultei um calendário de efemérides e constatei que havia data para se comemorar tudo, menos a figura do cliente. Pensei: “se todos falam que o cliente é a razão de ser do negócio, por que não existe um dia para agradecer e prestar homenagens à eles?”.
Além disso, por ser um palestrante e profissional de treinamento empresarial, desenvolvi uma percepção em relação aos detalhes que qualificam ou desqualificam um processo de atendimento e vendas. Vi que o discurso de que o cliente é o rei estava, e ainda está, muito distante da prática. Desta maneira, criar o Dia do Cliente foi uma forma de provocar uma reflexão sobre a real importância deles.
João Carlos Rego: Tive a ideia em fevereiro de 2003, quando consultei um calendário de efemérides e constatei que havia data para se comemorar tudo, menos a figura do cliente. Pensei: “se todos falam que o cliente é a razão de ser do negócio, por que não existe um dia para agradecer e prestar homenagens à eles?”.
Além disso, por ser um palestrante e profissional de treinamento empresarial, desenvolvi uma percepção em relação aos detalhes que qualificam ou desqualificam um processo de atendimento e vendas. Vi que o discurso de que o cliente é o rei estava, e ainda está, muito distante da prática. Desta maneira, criar o Dia do Cliente foi uma forma de provocar uma reflexão sobre a real importância deles.
Por que foi escolhido o dia 15 de setembro para a comemoração?
Era preciso escolher um mês onde não houvesse uma data já consolidada no calendário promocional, pois a ideia era que fosse um dia para promoções, campanhas especiais de venda, decorações, degustações, distribuição de brindes e tudo mais que se possa fazer para reverenciar o cliente. Constatei que setembro era o pior mês do ano para o comércio, após pesquisa junto a CDLs e Associações Comerciais de todo o Brasil. Além disso, havia um hiato nas comemorações do calendário promocional no segundo semestre.
Qual a importância de se comemorar essa data?
Bom atendimento já deixou de ser diferencial. Hoje, é preciso encantar, se antecipando às necessidades, desejos e anseios dos clientes. Para isso, é preciso que os profissionais envolvidos estejam capacitados, no aspecto técnico e motivacional. Para encantar é preciso gostar de gente e estar treinado para bem servir. Envolver toda a empresa, direção e colaboradores, na preparação e execução da grande festa do Dia do Cliente é uma forma excelente de endomarketing. Confraternizar com os clientes aumenta a autoestima de todos. Além disso, a data se traduz em uma oportunidade de fazer ações de marketing institucional, fixando a marca na na mente e, principalmente, no coração dos clientes.
Como vem sendo a adesão?
O caminho que concebi para levar minha ideia adiante foi tornar o Dia do Cliente uma data oficial, integrando calendários de eventos de estados e municípios. Fechei o ano de 2003 com apenas três projetos de lei. Hoje, já são 224, sendo 194 já aprovados e transformados em Lei. A data já integra o Calendário Oficial de Eventos de oito estados (com projetos em mais seis), de 15 capitais estaduais (com projetos em mais quatro), cobrindo todas as regiões do Brasil.
É praticamente impossível de se aferir quantas empresas e entidades já incorporaram a comemoração, pois me baseio no material que me enviam e no que consigo colher em mecanismos de busca na internet. Mas já tenho exemplos de ações em mais de 500 cidades diferentes. São organizações de mais de 170 diferentes ramos de atividade econômica, desde grandes marcas nacionais e internacionais, até micro empresas de distantes localidades.
Em julho de 2007, coloquei no ar o portal do Dia do Cliente, a fim de mostrar essas pequenas vitórias e de ganhar mais adeptos. De lá para cá, o site já teve mais de 150 mil acessos. No ano passado, foram mais de 17 mil somente no dia 15 de setembro.
Qual o balanço que você faz dessa empreitada?
Esse será o décimo ano consecutivo de comemoração. Levando-se em consideração que construí tudo sozinho, sem apoios e patrocínios, creio ter conquistado uma grande vitória, apesar do Dia do Cliente ainda estar distante de atingir seu enorme potencial de marketing. Tenho a mais absoluta certeza de que na hora que as grandes entidades empresariais passarem a incluir o tema em seus encontros, congressos, eventos e convenções, a ideia “explode de vez”, pois todos ganham com um Dia do Cliente forte, consolidado e cumprindo seus objetivos. Olhando para trás e lembrando esses 10 anos de luta, sinto-me feliz, pois, ao menos, tenho a certeza de que lancei uma bela semente e de que plantei em terreno mais do que fértil. Tomara, daqui para frente, a data se consolide definitivamente.