A edição 2008 do estudo exclusivo “Melhores Empresas para Trabalhar – Brasil”, conduzido pela consultoria global Great Place to Work, revelou que 44,5% dos postos de trabalho nas 100 melhores empresas do País são ocupados por mulheres – juntas essas empresas empregam 325.162 profissionais. Nas 10 primeiras colocadas no ranking das Melhores, as mulheres representam 53% da força de trabalho e também ocupam 53% dos postos de liderança, sendo que oito mulheres comandam a presidência. Nos Estados Unidos, as mulheres ocupam 49% dos postos de trabalho nas 100 melhores e, em 38% dessas empresas, representam a maioria dos funcionários. A pesquisa da consultoria salienta, ainda, que a presença feminina no ambiente corporativo também tem um impacto positivo em tempos de crise.
Pesquisa da consultoria global Great Place to Work mostra que a ascensão das mulheres no ambiente corporativo brasileiro mantém um ritmo de crescimento. A edição 2008 do estudo que toma por base as “100 Melhores Empresas para Trabalhar – Brasil”, revela que 44,5% dos postos de trabalho nas melhores companhias do País são ocupados por mulheres. Embora não sejam maioria no total, as mulheres ocupam a maior parte dos postos de chefia entre as 10 primeiras colocadas no ranking de empresas: a participação feminina atinge a marca de 53% nos postos de chefia entre as dez Melhores.
Entre as 100 Melhores – que juntas empregam 325.162 funcionários, oito empresas são presididas por mulheres, total considerado proporcionalmente baixo, o que revela barreiras a serem vencidas. Em 1997, considerando-se o conjunto das 100 Melhores, apenas 11% dos cargos de liderança eram ocupados por mulheres. O estudo atual mostra, ainda, que 20% dessas empresas mantêm práticas diferenciadas de gestão voltadas a oferecer às mulheres oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional.
Ruy Shiozawa, CEO do Great Place to Work, destaca que a análise do ambiente corporativo, nos últimos anos, mostra que a forma de as empresas tratarem a presença feminina nos postos de trabalho mudou. “Os gestores das melhores empresas passaram a associar a mulher com competências que são valorizadas pelas organizações como empatia, paciência, humanidade, habilidade em trabalhar em equipe, capacidade de delegar e negociar. As melhores empresas reconhecem que as profissionais têm a capacidade de lidar com diferentes perfis de pessoas, com situações adversas e estão empenhadas em inspirar e motivar as equipes. Sabemos, inclusive, que as empresas mais produtivas e lucrativas são as que cuidam dos colaboradores – e as mulheres sabem gerir com maestria esse cuidado”, saliente Shiozawa.
Melhores para elas – Na análise das 100 Melhores Empresas para Trabalhar – Brasil, o Great Place to Work elaborou um ranking das 25 melhores empresas do País para as mulheres. A lista é liderada pelo Laboratório Sabin – presidido pelas médicas Janete Vaz e Sandra Costa -, seguido por Microsoft, Recofarma (Coca-Cola), Fedex, Losango, Nasajon Sistemas, Byofórmula, Grupo Ouro Fino, Cultura Inglesa, Zema, Okto, Intelig, Cosmotec, Sabre, Ampla, Associação Brasil-América, Prezunic, Service IT Solutions, Brasilcap, Visa Vale, Quintiles, Matera Systems, Y&R, Porto Freire e Rohm & Haas. Entre os destaques das práticas adotadas pelo Laboratório Sabin estão benefícios como auxílio-babá, empréstimos para a compra de imóveis e carros – com juros abaixo dos praticados pelo mercado – e salário-mínimo adicional, destinado às gestantes.
Essas 25 companhias têm em comum o investimento contínuo para garantir a ascensão profissional das mulheres, oferecendo incentivos e programas de mentorado especiais, associados a práticas de gestão específicas para o universo feminino. Entre as práticas diferenciadas detectadas pelo Great Place to Work estão políticas de contratação com igualdade de condições e capacitação; programas de saúde especiais (prevenção ao câncer de mama, programas de gestantes, etc); ampliação da licença maternidade; mentoria; formação de comitês de desenvolvimento profissional feminino; plano de carreira diferenciado, além de programas de diversidade e inclusão.
Há quatro anos, o Great Place to Work avançou também na análise da participação feminina no ambiente corporativo e elaborou um novo ranking na pesquisa “Melhores Empresas para Trabalhar – Brasil”, que identificou as 25 companhias que têm um percentual maior de mulheres entre os funcionários. Em 2008, o primeiro lugar ficou com a Byofórmula, com 81% de participação feminina; seguida por Associação Brasil-América (80%); Quintiles (77%); Losango (73%); Cultura Inglesa (72%); Laboratório Sabin (72%); Odontoprev (67%); Taií (67%); Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo (66%); Unimed Rio (65%); Sabre (62%); Unimed Missões (62%); Brasilcap (61%); Intelbras (61%); Herbarium (60%); McDonald´s (58%); Accor (56%); Daiichi Sankyo (56%); BV Financeira (56%); Genzyme (56%); Banco Itaú (55%); Banco Real (55%); Agra (55%); Apsen (53%) e Serasa (51%).