Nova estratégia de muito tempo

Com o aumento das tecnologias, da vida mais conectada e mobile, as empresas aumentaram seus interesses por ferramentas e estratégias com a qual pudessem se aproximar dos clientes de maneira moderna, crescendo o engajamento e a interação das pessoas pela marca. Assim, focaram a atenção nas redes sociais, criaram aplicativos e, inclusive, investiram na gamificação, como uma maneira de criar uma relação mais dinâmica, diferenciada, na qual coloca o cliente em uma situação de diversão e, ao mesmo tempo, de contato. Porém, ao contrário do que muitos imaginam, por estar na maior parte das vezes em sites e aplicativos, a gamificação não é uma estratégia de marketing nova. “Na verdade, algum tipo de envolvimento com o cliente na forma de jogos, competição ou de diversão, já é praticada há muito tempo com os benefícios que se dá para a fidelização do cliente”, afirma Ysmar Vianna, um dos fundadores e diretores da MJV.
Segundo ele, não é de hoje que lojas realizam promoções, na qual oferecem algo em troca quando o cliente compra uma determinada quantidade de produto, que as companhias aéreas têm os cartões fidelidade e os bancos com os cartões de ponto. “Todos esses são exemplos de um progresso e são iniciativas que podem ser consideradas como jogos, cuja finalidade é a fidelização do cliente”, adiciona. Claro que, com o passar do tempo e com a maior modernização, a gamificação também se desenvolveu e passou a ser construída como jogos de videogame para os clientes. “Os videogames demonstraram um conhecimento muito forte de engajamento dos clientes que participam. Eles são um grande instrumento de relacionamento social, por isso os jogos passaram a ser considerados como alternativa para engajar os clientes em longo prazo.”
Outra mudança do desenvolvimento da gamificação foi a percepção de que, mais do que oferecer prêmios, os jogos atualmente procuram desenvolver habilidades dos consumidores, tornando-se ferramentas capazes de motivar o usuário, não apenas pela recompensa de algo, mas com o fornecimento de status. “A gamificação, por parte dos jogos, é algo que as empresas estão experimentando, como alternativas de engajamento. Existe um problema com a questão de concorrência que é a necessidade das empresas se diferenciarem uma das outras, então, patrocinar um jogo, um concurso, são coisas que elas normalmente apelam para chamar a atenção do consumidor”, explica Vianna. Mas, ao contrário do concurso, ele ressalta que a gamificação envolve a interação das pessoas, proporciona superação individual das tarefas e envolve feedback imediato, em que o cliente não precisa esperar por dias para saber se está ganhando ou como está a sua posição em relação aos outros competidores.
Vianna conta que, antigamente, aquele produto que tivesse mais anúncios seria o mais vendido, porém hoje não é mais dessa forma. Cada vez menos o cliente se sente atraído por propagandas comuns. Assim, o benefício da gamificação é, justamente, o engajamento diferenciado de um produto. “É preciso investir em uma estratégia que a pessoa faça o boca a boca, recomende os produtos aos outros. Com o engajamento feito através da gamificação, as pessoas interagem com a marca e divulgam para outros esse projeto. Então, há perspectiva de atrair mais consumidores.” Sem contar a vantagem de poder criar um material em que é possível educar o consumidor, ensinar-lhe sobre uma parte técnica do produto, seu funcionamento, processo de criação e até seu valor sustentável. “Videogame, hoje em dia, é algo que praticamente todo mundo sabe do que se trata, já teve uma experiência de jogar. Ao criar um projeto desse tipo, ele poderá ser fidelizado e engajado de maneira mais rápida”, finaliza.

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