O avanço do marketing on-line

Autor: Roberto Ricossa
O conteúdo para dispositivos móveis, o interesse despertado pelas redes sociais e o uso de métricas mais eficientes são algumas das tendências que se consolidarão em 2014. A chegada da internet para as nossas vidas trouxe novos hábitos, novas formas de acesso à informação – e de compartilhá-la – e uma vasta oferta de entretenimento.
 
Consequentemente, as marcas rapidamente perceberam que deveriam desembarcar no mundo digital para seduzir o crescente número de consumidores conectados. Mas a web é, por definição, um terreno em constante mudança. Os sites, as plataformas sociais, os aplicativos e conteúdos associados a elas são renovados o tempo todo, mudanças nem sempre acompanhadas por milhões de internautas. 
 
Para os estrategistas de marketing, apenas compreender a natureza em constante mudança da esfera digital não é o bastante, é preciso também identificar – em um dado momento – quais são as tendências mais relevantes e, a partir daí, promover ações de marketing on-line. 
 
Analisando esse cenário, mapeei algumas das tendências que devem ganhar ainda mais força em 2014. São elas:
 
1) Redes Sociais: existe vida além do Facebook e do Twitter 
Ninguém discute a importância das redes sociais na geração de conteúdo e, em particular, o momento de se beneficiar com a sua viralização. No entanto, é preciso compreender que “existe vida” além das duas mais famosas redes sociais. 
A popularidade adquirida pelo Instagram e Pinterest é um indicador a considerar. O crescimento dessas plataformas segue de mãos dadas com a crescente supremacia dos conteúdos visuais e a sua grande capacidade de viralização, especialmente entre a geração “Y” ou os chamados nativos digitais.
 
2) Mais conteúdo, mais segmentação 
Muitos usuários estão começando a fugir de alguns dos formatos de publicidade tradicionais. Seja porque têm pouco tempo ou porque não querem ver o seu vídeo favorito interrompido pela inserção de um anúncio, esses consumidores estão exigindo mais e melhor conteúdo por parte das marcas. 
Um estudo recente do Content Marketing Institute aponta que o conteúdo nas redes sociais, estudos de caso e artigos sobre sites de negócios lideram a estratégia neste campo. Em todos os casos, a chave é produzir conteúdos direcionados para públicos específicos.
 
3) Smartphones e tablets: o conteúdo “mobile-friendly” 
As conexões dos dispositivos móveis estão aumentando a um ritmo exponencial. Mas, será que a indústria do marketing percebe que isso implica em uma experiência de usuário completamente diferente? 
Esta não é uma questão técnica, mas de repensar sobre o usuário de dispositivos móveis. As marcas que desejem atrair o interesse dos proprietários de smartphones e outros dispositivos estão obrigadas a fornecer uma experiência de navegação positiva e a gerar conteúdo “mobile-friendly”. Caso contrário, é provável que o site da concorrência seja muito mais atrativo.
 
4) O que falam de mim: gerenciar a reputação online 
Ser parte da era digital significa que não só as empresas podem expressar suas mensagens na web. Uma vez que, primeiro os blogs e depois as redes sociais, abriram um canal de opinião para que as pessoas pudessem se expressar sem censura, as marcas comprovaram que o que se fala sobre elas nem sempre é positivo. 
Portanto, o monitoramento e análise da reputação da marca continuam ganhando popularidade dentro das empresas. Os esforços podem variar desde o rastreamento e monitoramento de opiniões e impressões até a redefinição de estratégias de comunicação com base em casos específicos.
 
5) Medir melhor: métricas mais consolidadas
Se existe algo que os especialistas em marketing online valorizam é a possibilidade de medir o impacto de suas ações em tempo real. As visitas a uma página, as “curtidas” no Facebook, ou ainda o número de tweets relacionados a uma determinada marca ou produto podem ser dados fundamentais na hora de interpretar os resultados de uma campanha.
No entanto, os especialistas advertem que os números podem ser ineficientes se não refletirem os dados corretamente. Não é uma questão de precisão, mas de relevância: um vídeo viral pode ser muito bem sucedido, medido pelo número de vezes que ele foi visto, mas se não conectarmos esses números ao comportamento real, podemos perder o foco. Felizmente, em 2014, podemos esperar por métricas consolidadas, em parte graças aos avanços do Big Data e ao surgimento de ferramentas de análise mais sofisticadas. 
 
As regras não escritas do universo digital mudam continuamente. Capturar e capitalizar estas mudanças faz parte do trabalho dos profissionais de marketing, com o objetivo de traçar o comportamento online dos consumidores e chegar a eles da melhor forma. Com a informação do nosso lado, o desafio estará cada vez mais próximo de ser cumprido.
Roberto Ricossa é vice-presidente de marketing da Avaya para as Américas.

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