O futuro do setor de telecomunicações




 

O setor de telecomunicações poderá enfrentar quatro possíveis cenários nos próximos cinco anos, conforme sinaliza o estudo Telco 2015, intitulado “Os quatro possíveis cenários de Telecom para os próximos cinco anos”, feito pela divisão de consultoria da IBM. A empresa analisou diversas variáveis em 40 provedores de serviços distribuídos pela Europa, América e Ásia, e concluiu que as operadoras terão que se transformar para se manterem firmes no mercado.

 

O primeiro cenário, denominado “Consolidação de Sobreviventes”, sugere que só terão sucesso as operadores que reinventarem os modelos de negócios, evitando assim a estagnação e o declínio de vendas. Elas deverão repensar as ofertas para garantir interesse de investidores e clientes, e assim não correr o risco de enfrentar uma crise financeira. Segundo Thais Marca, líder de consultoria em Telecomunicações da IBM Brasil, uma das tendências que as operadoras deverão abraçar são as soluções convergentes para unificar sistemas pré-pago e pós-pago. “A solução convergente combina o leque de ofertas do pós-pago com a característica de processamento em tempo real das plataformas de pré-pago, trazendo flexibilidade na composição de planos, descontos, entre outros benefícios”, explica.

 

Em outra realidade apresentada pelo estudo, intitulada “Market Shakeout”, os investidores forçariam operadoras a desagregar os ativos em diferentes unidades de negócios, e marcas do varejo ofereceriam os serviços aos consumidores. O mercado seria ainda mais fragmentado, já que governo, município e provedores alternativos assumiriam as iniciativas para cidades pequenas ou áreas rurais. Já os investimentos privados em infraestrutura de telecomunicações ficariam ainda mais concentrados nos grandes centros urbanos. As operadoras tentariam crescer investindo em ofertas de conectividade premium para provedores de aplicações e conteúdo, assim como para corporações e consumidores finais.

 

As operadoras também poderão ter que enfrentar um cenário em que precisarão se consolidar ou formar alianças para competir com os principais prestadores de serviços. Neste cenário, classificado como “Guerra de Gigantes”, mega-operadoras expandiriam seus negócios recorrendo a verticais específicas, como smart grids e e-health, para as quais forneceriam soluções de conectividade. As operadoras também criariam serviços premium de conectividade e de conteúdo digital convergente.

 

E, finalmente, o cenário classificado como “Generative Bazaar” sugere uma realidade diferente da apresentada no “Guerra de Gigantes”. Nele, conforme a regulamentação e a tecnologia caminhassem em direção ao acesso aberto às redes de telecomunicações, as barreiras entre operadoras e os principais prestadores de serviço não seriam mais tão claras. Sendo assim, os detentores de infraestrutura uniriam suas redes e as ofereceriam de forma aberta para qualquer pessoa ou corporação, contribuindo para o rápido surgimento de novos prestadores de serviços.

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