Nem tudo são flores na gestão de um negócio, ainda mais quando os planos são altos e as dificuldades são muitas no processo de crescimento. Mas, as oscilações econômicas estão aí para serem dribladas. Como? Inovando! Para os executivos que participaram do XII Encontro com Presidentes da ClienteSA, no último dia 27, esse é o primeiro passo para construir um cenário inspirador para o Brasil. Não à toa, um dos painéis do evento debateu o tema ´A inovação como centro motriz de desenvolvimento´. Na visão de Herberto Nakamura, isso terá reflexo direto na história e na evolução econômica do país. Para isso, é preciso investir em ações que incentivem esse crescimento, como a melhoria da indústria e também da produção nacional. “O Brasil tem força para se tornar um país inovador”, afirma. Mas como recuperar o atraso de algumas empresas quanto a esse assunto? “É necessário planejamento e foco para reverter a situação. Não precisamos do país crescendo todo na mesma velocidade se tivermos ilhas que colaborem entre elas”, comenta Cláudio Torres, da DesenvolveSP.

Dentro disso, o avanço da tecnologia deve ser usado a favor das empresas, em busca do desenvolvimento. “Quando se aplica uma nova tecnologia, o homem tem que se adaptar a ela. Temos que chegar num ponto em que a tecnologia se adapte às pessoas”, afirma o presidente da Nec. O CEO do Uol, Marcelo Epstejn, também destacou a importância da tecnologia, e o aumento da participação dos clientes por meio da internet. “A capacidade de feedback e relacionamento se democratizou muito, todos – todas as classes sociais – tem o mesmo peso quando realizam reclamações. Quem não está com os dois pés dentro está fadado a ser ultrapassado pela concorrência”, diz.

Também crucial para o crescimento de uma empresa é o foco no cliente.  Na Avianca Brasil, por exemplo, o salto da companhia nos últimos anos foi devido às estratégias de pensar no cliente e trabalhar para garantir a experiência dele. “Vimos que a saída para se destacar era na diferenciação do produto. Fazendo do vôo uma verdadeira experiência ao passageiro”, conta José Efromovich, presidente da companhia. O resultado se refletiu direto no número de passageiros. De 2010 para 2013, a empresa passou de 2,5 para 6,2 milhões de clientes. “Agora, o desafio é continuar crescendo, mantendo sempre essa qualidade que atingimos, com enfoque no cliente”, diz o presidente.

No encontro, também foi discutido o desenvolvimento das atividades agrícolas. O setor de agronegócio tem potencial de crescimento, no entanto, é preciso investimento do governo para que atinja às expectativas dos especialistas para 2020, e até 2050. “Estou há 50 anos na estrada, e em todo esse tempo, as pessoas procuravam os candidatos das eleições mostrando um projeto para a agricultura. E esse ano, os próprios candidatos das próximas eleições já procuraram os líderes rurais”, comenta Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócio da FGV, embaixador especial da FAO e ex-ministro da Agricultura. Segundo ele, o desafio real do governo brasileiro é garantir a segurança alimentar. “Eu espero que no próximo governo a gente consiga um projeto agrícola que garanta bons resultados”, conclui.

Durante o evento, além dos debates sobre o desenvolvimento da economia entre os executivos, aconteceu o almoço de premiação que reconheceu as melhores práticas das empresas, de acordo com o elogio e o humor do cliente no portal ElogieAki. A Magazine Luiza foi anunciada como a empresa mais elogiada do Brasil. A primeira edição do evento também reconheceu a atuação da Cedaspy, em 2º lugar; a C&C Casa & Construção em 3º; o Banco Santander em 4º; e a Mapfre Seguros em 5º. O objetivo da premiação é incentivar a prática do elogio, por meio das melhores práticas das empresas ao proporcionar a experiência do cliente.

As mais elogiadas por setor também receberam troféu. Na categoria ´móveis e decoração´, a vencedora foi a Rekinte Interiores; em ´higiene e limpeza (produtos e serviços)´, a Bombril; em ´hotéis, resorts, pousadas e flats´, a Pestana Vacation; em ´consórcio´, a Embracon Consórcio; em ´automóveis (equipamentos e acessórios)´, a Autoglass; no segmento de ´lojas virtuais (comércio eletrônico)´, a Netshoes de destacou; em ´brinquedos, jogos e games´, o reconhecimento foi para a Estrela; na categoria ´moda e confecção´, a Adidas; como ´prestador de serviços´, a Sodexo foi destaque; em ´consultoria de imóveis (imobiliárias e incorporadoras)´, a Coelho da Fonseca; e em ´telefonia´, a Embratel.

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