O papel dos novos canais de comunicação



A Accenture, consultoria global de gestão, tecnologia e outsourcing, realizou pesquisa, junto a 70 CEOs mundiais de empresas ligadas à áreas de mídia, sobre o papel de novos canais de comunicação para a promoção de produtos e serviços. O levantamento verificou que a grande aposta dos anunciantes está na TV de banda larga (22%), publicidade via Internet (21%) e celulares (11%). Por outro lado, anúncios em televisão aberta (33%) e a cabo (11%) deverão cair dramaticamente nos próximos anos.


Neste cenário, destaca-se o papel cada vez mais relevante das ferramentas de busca na Internet para o mercado publicitário. “As empresas têm buscado novos maneiras de interagir com seus clientes e os canais de procura na web se mostraram o canal para isso”, afirma Petronio Nogueira, executivo responsável pela área de mídia e tecnologia da Accenture. “Prova disso é que 60% dos consultados em nossa pesquisa informaram que, para aumentar a visibilidade de seus websites e produtos, investem em algum tipo de publicidade em sites de busca”.


A necessidade de se aproximar cada vez mais dos consumidores e permitir com que eles decidam o conteúdo a ser produzido pela indústria de propaganda também foi verificado na pesquisa. De fato, 97% das empresas consultadas apontaram que a propaganda do futuro está nas mãos dos consumidores, enquanto 43% dos entrevistados acreditam que os modelos de anúncio feitos atualmente devem sofrer alterações drásticas nos próximos anos.


Por outro lado, estas mesmas empresas apontaram que estão pouco preparadas para lidar com esse novo cenário. Quando questionados se estão prontas para atuar de forma próxima a seus clientes, apenas 13% dos respondentes responderam afirmativamente. “Neste contexto – e para ganhar espaço no mercado -, as empresas esperam gerar receitas ao oferecer uma experiência rica em vídeos e conteúdo”, afirma Petronio.
O executivo destaca que “é preciso entender ainda o quanto o aspecto cultural aparece como uma dificuldade para se atuar nesse mercado”. De acordo com o levantamento, as empresas estão preocupadas em contar com pessoas dispostas a atuar neste novo cenário de negócios (25%) e que sejam competentes (22%) e comprometidas (11%).

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