O profissional de banco



A Febraban – Federação Brasileira de Bancos finalizou a “Pesquisa em Recursos Humanos, Melhores Práticas e Censo da Diversidade”. O levantamento aborda aspectos como raça, escolaridade, idade e carreira. “O objetivo é utilizar os dados para sabermos qual o cenário real do setor e, a partir daí, implantar políticas que promovam a igualdade de oportunidades e a diversidade”, afirma Mário Sérgio Vasconcelos, diretor de Relações Institucionais da Febraban. “O censo permitirá aprimorar e acelerar um trabalho que já está em curso, uma vez que a maioria dos bancos inclui critérios de diversidade no recrutamento e já registra impactos positivos no rendimento dos funcionários e na percepção dos clientes”, completa.


 

Entre os principais pontos do censo está o dado de que no setor bancário, 48,4% dos funcionários são mulheres e 51,6% são homens, porcentuais próximos aos da PEA (População Economicamente Ativa), na qual as proporções são de 50,8% e 49,2%, respectivamente. No estoque de empregos formais (RAIS 2007) essa proporção é de 40,8% e 59,2% respectivamente. Dentre os funcionários, 65,5% dividem-se em duas faixas etárias: de 25 a 34 anos (34,8%) e de 35 a 44 anos (30,7%), sendo que até 34 anos a predominância é de mulheres, atestando o forte ingresso delas nos bancos.

 

A pesquisa revela ainda que 19% dos funcionários são negros, enquanto na PEA somam 35,7% e no mercado formal (RAIS), 31,9%. Nos últimos anos, aumentou o porcentual de funcionários negros com até 3 anos de trabalho no setor, atingindo 66,5%. Isso reflete as políticas de diversidade já em curso nos bancos. O crescimento da presença de negros nos bancos é relevante ao se constatar a baixa rotatividade dos empregados do setor: 9,1% têm até um ano de emprego. No mercado de trabalho formal esse percentual de rotatividade é de 33%, o que demonstra o elevado tempo de permanência da maioria dos bancários no setor. Mesmo assim, 38,2% dos funcionários brancos tiveram três ou mais promoções. Entre os pardos o percentual é de 35,8% e entre os negros, de 28,8%.

 

O censo apontou um alto nível de escolaridade, com 66,5% dos bancários com superior completo, pós-graduação ou MBA. No mercado formal, esse percentual é de apenas 15,5%. Há uma notável mobilidade educacional dos bancários. Daqueles que tinham apenas o ensino fundamental quando foram admitidos, 51,94% atingiram o ensino superior e 8,46% fizeram alguma pós-graduação. Daqueles que tinham até o ensino médio, 64% chegaram ao ensino superior e 9% à pós-graduação.

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