Com tantas novidades tecnológicas para empresas e clientes, às vezes fica difícil saber o que é de fato uma tendência. Entretanto, nos últimos anos, tem sido comum ouvir falar das criptomoedas. Mesmo que o crescimento no Brasil seja lento, elas possuem números expressivos e já contam com mais investidores que a Bolsa de Valores. Ainda assim, muitas dúvidas permeiam a mente de gestores e consumidores, principalmente sobre as vantagens e desafios a serem superados, além, é claro, da incerteza no futuro que esta forma de pagamento ainda apresenta.
“Algumas empresas já estão realizando pesquisas e tentando criar novas tecnologias para sua utilização, como a Cielo, mas ainda não previsão de quando isto irá se concretizar e nem se esta forma de pagamento terá uma aceitação rápida por parte do público. A divulgação desta nova realidade caberá às empresas, que deverão insistir, fazer boas campanhas para explicar o sistema e o porquê de ele ser revolucionário”, explica Gustavo Torrente, professor de tecnologia da Fiap. Ele também acredita que a medida que a sociedade for se adaptando e aceitando essa nova realidade, a tendência é o crescimento no uso das criptomoedas, desde que não haja uma intervenção dos governos locais.
Este ponto também influencia na adoção desse sistema por parte do varejo, já que a maioria dos consumidores ainda possui a noção física de dinheiro – mesmo que na forma de um cartão de crédito ou débito -, além de um acesso a internet sempre em mãos para a realização do pagamento. Desta forma, a maioria das empresas que aceitam as criptomoedas hoje em dia ainda são as empresas de tecnologia – o que pode ser um indicativo de crescimento. “Estamos vivendo uma febre de investimentos no Brasil, a tecnologia está se difundindo e o seu crescimento vem sendo muito alto a cada ano. Como forma de pagamento, para acontecer este boom temos que ter investimentos na área de infraestrutura (internet) e empresas preparadas para esta forma de pagamento”, conclui Torrente.