O valor das empreendedoras


Enquanto 57,7% dos homens declararam ter dificuldades na área de recursos humanos ou no processo produtivo, este porcentual cai para 34,6% entre as mulheres. Além disso, elas trazem mais inovação ao setor de serviços, área que já responde por 60% do PIB do país. Esses são os resultados de uma pesquisa feita pela Endeavor, com homens e mulheres, proprietários de companhias que faturam de US$ 10 mil a US$ 10 milhões.
 
A pesquisa aponta ainda que, enquanto os homens se concentram em áreas mais tradicionais e inovam principalmente na criação de produtos, as mulheres inovam no processo produtivo, como na implementação de novas técnicas de marketing, recursos humanos e integração da equipe. Consequentemente, as inovações são menos visíveis, o que faz com que elas tenham mais dificuldade em obter financiamento privado e público. Segundo a Endeavor, 38,5% dos homens entrevistados obtiveram algum tipo de financiamento governamental para suas inovações, enquanto apenas 19,2% das mulheres conseguiram.
 
“É preciso que as instituições de fomento aprendam a lidar com o jeito diferente de fazer negócios das mulheres. Afinal, um levantamento recente do Global Entrepreneurship Monitor mostrou que 51% dos empreendedores brasileiros são do sexo feminino”, diz Amisha Miller, gerente de pesquisa da Endeavor. “Além disso, o IBGE aponta que o setor de serviços é o maior gerador de empregos formais do país. Em uma área em que as mulheres mais inovam, é natural esperar que elas tenham um potencial ainda maior de crescer rapidamente”, conclui.

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