A maior parte das empresas globais quer alavancar o crescimento nas economias emergentes, mas não acreditam ter a capacidade necessária para competir nesses mercados. Essa é a conclusão de uma recente pesquisa conduzida pela Accenture, empresa global de consultoria, tecnologia e outsourcing, com 588 líderes empresariais de 85 países.
No total, 80% dos empresários consultados disseram que o principal foco de crescimento das empresas está nas economias emergentes. No entanto, 73% deles reconhecem a necessidade de acelerar esforços para ganhar participação nessas regiões em tempo hábil. O desafio, segundo os respondentes, é grande: 40% dos executivos dizem faltar uma estratégia ou a capacidade operacional para alcançar esses objetivos e 57% afirmam que suas empresas precisarão “reavaliar” ou “repensar” as abordagens para competir nestes mercados.
O relatório preparado pela Accenture também analisa a diversidade de taxas de crescimento da renda familiar em 64 principais economias e sugere que há oportunidades significativas em mercados que são muitas vezes mal compreendidos pelas multinacionais. De acordo com a pesquisa, 87% dos 124 milhões de famílias que se tornarão parte da economia mundial até 2020 estão situadas em países emergentes e representam, no mínimo, US$ 8,5 trilhões em renda familiar adicional no mercado. Para o Brasil, a expectativa é que até 2020 pelo menos mais 5 milhões de famílias atinjam renda anual acima de US$ 30 mil, uma das maiores expectativas de mudança no mundo.
Outro dado interessante do estudo mostra que a tendência é que a exportação entre as economias emergentes (E2E) ultrapasse a entre os países desenvolvidos (D2D) pela primeira vez na história, no final de 2013. De acordo com as informações da pesquisa, esse movimento foi acelerado pela turbulência econômica.